Washington (EUA) – Deputados, senadores e comentaristas ligados ao Partido Democrata criticaram nesta quinta-feira (28) as manifestações de “pensamentos e orações” destinadas às vítimas do ataque a tiros ocorrido na véspera, 27 de agosto, em uma igreja e escola católica de Minneapolis, Minnesota. O atentado deixou duas crianças mortas, além de três feridos – uma delas em estado crítico.
Reações de parlamentares
O deputado Maxwell Frost, da Flórida, afirmou em rede social que as crianças “provavelmente estavam rezando quando foram mortas” e acusou o ex-presidente Donald Trump de ter encerrado o Escritório de Prevenção à Violência Armada. A deputada Rosa DeLauro, de Connecticut, declarou que “pensamentos e orações não são suficientes” e cobrou ação legislativa contra a violência armada.
No Colorado, a deputada Brittany Pettersen disse que a expressão religiosa “não conserta” a situação e relatou a angústia de deixar o filho na escola após o ataque. Já o ex-estrategista republicano Jeff Timmer insultou o senador Lindsey Graham, que havia publicado mensagem de solidariedade: “As crianças estavam rezando quando morreram”.
Críticas de personalidades da mídia
Jen Psaki, apresentadora da MSNBC e ex-porta-voz de governos democratas, afirmou que “orações não impedem tiroteios em escolas” nem devolvem as vítimas às famílias. O colega de emissora Michael Steele declarou estar “além desse absurdo” de pensamentos e orações. Na CNN, a jornalista Dana Bash exibiu fala do prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, que pediu para não se culpar apenas a falta de fé: “Essas crianças estavam literalmente rezando”. A senadora Amy Klobuchar, de Minnesota, concordou: “Orações não foram suficientes aqui”.
Resposta da Casa Branca
A porta-voz da Presidência, Karoline Leavitt, considerou “desrespeitosas” as declarações que menosprezam o poder da oração. Ela destacou que muitos americanos enxergam a prática religiosa como parte fundamental do luto.

Imagem: Bruno Sznajderman
Detalhes do ataque
Segundo a polícia, Robin Westman, 23 anos, nascida Robert e que mudou de nome em 2020 após se identificar como mulher, entrou armado no complexo católico, disparou contra fiéis e alunos e depois se suicidou. Antes do crime, Westman publicou vídeos no YouTube com ameaças ao ex-presidente Trump, declarações antissemitas e a intenção de atacar uma escola católica. As gravações foram removidas e integram a investigação federal.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, e o diretor do FBI, Kash Patel, chamaram o atirador de “monstro”. Autoridades de saúde de Minnesota informaram que uma criança segue em estado crítico e outras duas pessoas permanecem gravemente feridas.
Com informações de Gazeta do Povo