Nicolás Maduro acusou nesta sexta-feira, 23 de agosto de 2025, o governo dos Estados Unidos de preparar uma operação “terrorista” para promover uma mudança de regime na Venezuela. A declaração foi feita durante um ato na sede da Assembleia Nacional, em Caracas, transmitido obrigatoriamente por todas as emissoras de rádio e televisão do país.
O líder venezuelano reagiu à proposta da Casa Branca de enviar navios de guerra ao mar do Caribe, próximos às águas venezuelanas, sob o argumento de combater o tráfico de drogas. “O que ameaçam fazer contra a Venezuela, uma mudança de regime, um golpe terrorista, militar, é imoral, criminoso e ilegal”, afirmou.
Maduro agradeceu o “apoio” de China, Irã e Rússia, classificando como “unânime” a rejeição internacional a um eventual conflito armado promovido por Washington na América do Sul. Ele também citou o direito internacional, que, segundo disse, “proíbe a ameaça do uso da força contra Estados soberanos”.
O chefe do Palácio de Miraflores declarou que a Venezuela “voltará a ganhar” paz e estabilidade, e pediu que a população “reúna a vontade nacional” para falar “com uma só voz”, deixando de lado disputas internas.
Na quinta-feira, 22 de agosto, Maduro convocou um dia de alistamento das chamadas “forças milicianas” para o fim de semana, em resposta à iminente patrulha naval dos EUA. No começo da mesma semana, ele já havia ordenado a mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Bolivariana — formada por reservistas, voluntários e civis — depois que Washington aumentou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à sua captura.

Imagem: Bruno Sznajderman
Na terça-feira, 20 de agosto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que os Estados Unidos estão preparados para “usar todo o seu poder” a fim de conter o fluxo de drogas vindo da Venezuela, o que incluiria o envio de navios e militares para águas caribenhas próximas ao país sul-americano.
Com informações de Gazeta do Povo