Sob escalada de sanções dos Estados Unidos, o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou, na segunda-feira, 18 de agosto de 2025, a mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Bolivariana em todo o país.
Em cadeia nacional de rádio e televisão, o líder chavista afirmou que o objetivo é “garantir a paz” e orientou os combatentes a permanecerem “preparados, ativados e armados”. Segundo Maduro, o plano inclui a expansão de unidades milicianas em áreas rurais e em fábricas de todo o território venezuelano.
Recompensa dos EUA chega a US$ 50 milhões
O anúncio ocorre dias após Washington aumentar de US$ 15 milhões para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura do presidente venezuelano. A elevação foi oficializada pelo Departamento de Justiça, que também comunicou o confisco de aproximadamente US$ 700 milhões em bens atribuídos a Maduro, entre jatos, veículos e ativos financeiros, informou a procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi.
A Administração de Controle de Drogas (DEA) afirma ter interceptado mais de 30 toneladas de cocaína ligadas ao círculo próximo de Maduro e outras sete toneladas associadas diretamente ao chefe de Estado. Para o governo norte-americano, o Palácio de Miraflores transformou a Venezuela em plataforma do narcotráfico internacional desde o primeiro mandato de Donald Trump.
Reforço militar norte-americano no Caribe
Paralelamente, o Pentágono enviou cerca de 4.000 fuzileiros navais ao Caribe e à América Latina, acompanhados de destróieres, aviões de vigilância e sistemas lançadores de mísseis. A movimentação militar, confirmada pela emissora CNN e por veículos locais, tem como meta intensificar o combate aos cartéis de drogas que operam, segundo Washington, sob proteção do governo venezuelano.

Imagem: Palácio De Miraflores
Acusações de financiamento externo
No mesmo pronunciamento, Maduro acusou organizações estrangeiras de apoiar grupos que tentariam desestabilizar o chavismo. Ele citou a Fundação Rosa Luxemburgo, sediada na Alemanha, e afirmou que “potências europeias e o imperialismo” estariam financiando setores que se apresentam como de esquerda, mas teriam o propósito de “dividir a base popular” do regime.
“Nenhum império tocará a terra sagrada da Venezuela”, declarou o presidente ao concluir a mobilização dos milicianos.
Com informações de Gazeta do Povo