O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, informou nesta quinta-feira, 4 de setembro de 2025, que o presidente francês, Emmanuel Macron, será bem-vindo ao país somente se desistir da proposta de reconhecer oficialmente um Estado palestino.
A posição foi transmitida por Saar durante conversa telefônica com o chanceler da França, Jean-Noel Barrot. O chefe da diplomacia israelense pediu que Paris “reconsidere” a iniciativa, alegando que o reconhecimento prejudicaria a estabilidade no Oriente Médio e afetaria “os interesses nacionais e de segurança de Israel”.
Em julho, Macron anunciou que a França apoiará o reconhecimento do Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU, que começa na semana seguinte. A decisão irritou o governo israelense, que passou a vincular qualquer deslocamento do presidente francês a Tel Aviv à suspensão dessa medida.
Segundo o jornal The Times of Israel, Saar enfatizou que Israel deseja boas relações com a França, mas espera respeito “em temas essenciais para a segurança e o futuro” do país. “Qualquer visita de Macron não poderá ocorrer enquanto a França persistir na iniciativa”, afirmou.
Imagem: LUDOVIC MARIN
De acordo com a emissora pública israelense Kan, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia condicionado a viagem de Macron à reversão do plano francês antes mesmo da ligação entre os dois chanceleres, exigência que teria sido rejeitada por Paris.
Com informações de Gazeta do Povo
