As autoridades colombianas confirmaram a prisão de seis suspeitos de envolvimento no atentado que resultou na morte do senador e pré-candidato à Presidência Miguel Uribe Turbay. O político, de 39 anos, faleceu em 11 de agosto de 2025, depois de passar dois meses internado por ferimentos causados a tiros durante um ato de campanha em 7 de junho, em Bogotá.
Quem era Miguel Uribe
Filiado ao Centro Democrático, Uribe foi o senador mais votado nas eleições de 2022 e se destacava pela oposição ao governo de Gustavo Petro, defendendo políticas de segurança mais rígidas.
Principais suspeitos
Entre os detidos está um adolescente de 15 anos apontado como autor dos disparos. Ele responde por homicídio agravado, porte ilegal de arma e uso de menor para a prática de crimes, mas nega participação.
Investigadores identificam Elder José Arteaga Hernández, conhecido como “Chipi” ou “Costeño”, como possível coordenador do crime. Preso em julho, ele é descrito como chefe de uma organização criminosa que teria recebido cerca de 1 bilhão de pesos colombianos (aproximadamente US$ 246 mil) para planejar o ataque.
Os demais detidos são:
- Carlos Eduardo Mora González – suspeito de fornecer o veículo usado para transportar a arma;
- Katerine Andrea Martínez Martínez – acusada de entregar a pistola Glock 9 mm;
- William Fernando González Cruz – apontado como responsável por recrutar o menor e dar apoio à fuga;
- Cristian Camilo González Ardila – investigado por facilitar a saída do atirador do local.
Todos negam envolvimento.
Etapas da investigação
A Procuradoria-Geral e a Polícia Nacional analisaram mais de 1 000 vídeos, colheram 43 depoimentos, realizaram sete buscas e produziram três retratos falados. Peritos confirmaram que a arma usada no crime foi comprada em 2020 no estado do Arizona, nos Estados Unidos. As autoridades ainda apuram como o armamento entrou na Colômbia.
Imagem: Carlos Ortega via gazetadopovo.com.br
Possíveis mandantes
Até o momento, não foi confirmada a identidade dos autores intelectuais. Uma das linhas de investigação considera a participação de dissidências das FARC, especialmente a célula Segunda Marquetalia, mas não há provas conclusivas.
Declarações do governo
Após o atentado, o presidente Gustavo Petro afirmou que a legislação obriga o Estado a proteger o adolescente envolvido “por ser criança”, lembrando que ele havia passado por um programa governamental do qual foi retirado por apresentar comportamento conflituoso.
As investigações continuam e todas as hipóteses seguem abertas.
Com informações de Gazeta do Povo
