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Integrantes do PSOL participam de flotilha que planeja romper bloqueio marítimo a Gaza

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São Paulo – Treze brasileiros, entre eles a vereadora campineira Mariana Conti (PSOL) e a presidente do PSOL no Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti, embarcam no próximo domingo, 31 de agosto, em Barcelona, rumo à Faixa de Gaza. O grupo integra uma flotilha internacional que pretende atravessar o bloqueio naval mantido por Israel e entregar ajuda humanitária ao enclave palestino.

A iniciativa reúne participantes de 44 países e tem como uma de suas porta-vozes a ativista sueca Greta Thunberg. Segundo publicação de Thunberg nas redes sociais em 12 de agosto, “dezenas de navios” sairão da Espanha em 31 de agosto e se juntarão a outras embarcações previstas para deixar portos da Tunísia e de outros países em 4 de setembro.

Outro brasileiro confirmado é o ativista do Distrito Federal Thiago Ávila, detido por militares israelenses em junho durante tentativa semelhante. Na ocasião, Ávila, Thunberg e outros dez estrangeiros foram interceptados em alto-mar e deportados.

Intercepções anteriores

No final de julho, uma embarcação que também pretendia chegar a Gaza foi parada pela Marinha israelense. Entre os detidos, conforme a imprensa local, estava uma ativista que levava mais de 20 porções de haxixe escondidas nas roupas.

O governo de Israel alega questões de segurança para manter a zona marítima de Gaza fechada a tráfego civil e afirma que doações podem ser entregues via porto israelense de Ashdod. Autoridades israelenses destacam que mais de 1,8 milhão de toneladas de suprimentos já foram encaminhadas ao território palestino por essa rota.

Críticas à flotilha

A coordenadora acadêmica do Hillel Rio e especialista em antissemitismo, Daphne Klajman, considera a ação “um espetáculo midiático”. Para ela, os participantes sabem que serão detidos e depois liberados: “Eles foram interceptados de forma pacífica da última vez e deportados como passageiros comuns”, declarou em 12 de junho.

Klajman ainda observa que a ativista Greta Thunberg, inicialmente conhecida pelo engajamento climático, voltou aos holofotes ao adotar a causa pró-Palestina. “Ela escolheu a pauta mais popular e polarizada para se recolocar como liderança de ativismo”, afirmou.

A especialista compara o provável destino dos integrantes da flotilha ao dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023. “Greta e Thiago deverão retornar para casa; os reféns continuam em Gaza sem perspectiva de retorno”, disse.

Os organizadores da viagem mantêm o cronograma original e afirmam que seguirão até o limite possível para entregar os suprimentos arrecadados.

Com informações de Gazeta do Povo

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