O governo dos Estados Unidos enviou nesta terça-feira (12) uma carta à Universidade George Washington (GWU), em Washington, determinando que a instituição apresente, até 22 de agosto, medidas voluntárias para resolver casos de discriminação e assédio contra estudantes judeus e israelenses.
No documento, o Departamento de Justiça (DOJ) informa ter concluído uma investigação que aponta “indiferença deliberada” da universidade diante das denúncias. Segundo o órgão, a GWU tinha conhecimento dos abusos ocorridos em seu campus, mas não atuou para proteger alunos e professores afetados.
O DOJ afirma que pretende adotar providências com base na legislação federal de direitos civis. Antes, porém, ofereceu à instituição a possibilidade de firmar um acordo de resolução voluntária, a fim de corrigir as falhas identificadas e implementar reformas que previnam novos episódios de discriminação, assédio ou abuso.
A GWU, palco de grandes protestos contra Israel em 2024 por causa da guerra na Faixa de Gaza, ainda não se pronunciou sobre o conteúdo da notificação.
Pressão sobre universidades
Desde que reassumiu a Casa Branca, em janeiro, o presidente Donald Trump tem bloqueado repasses e aberto investigações contra universidades sob acusação de tolerância ao antissemitismo ou a outras formas de discriminação. Em alguns casos, os processos resultam em acordos financeiros que condicionam a retomada do acesso a verbas federais.

Imagem: Fábio Galão via gazetadopovo.com.br
Na semana passada, a imprensa norte-americana divulgou que o governo busca um acordo de US$ 1 bilhão com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Antes disso, foram assinados compromissos com a Universidade Brown, que destinará US$ 50 milhões a organizações de desenvolvimento de mão de obra, e com a Universidade Columbia, que pagará US$ 200 milhões ao Tesouro dos EUA ao longo de três anos, além de US$ 21 milhões para encerrar investigações da Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego.
As negociações fazem parte de um esforço mais amplo da administração Trump para pressionar instituições de ensino superior a reforçarem políticas contra discurso de ódio e discriminação.
Com informações de Gazeta do Povo