O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, aprovou nesta quinta-feira (28) a venda de 3.350 mísseis de Munição de Ataque de Alcance Estendido (ERAM) para a Ucrânia, em operação avaliada em US$ 825 milhões.
A medida foi anunciada horas depois de um ataque aéreo russo contra Kiev, realizado na noite de quarta para quinta-feira. A ofensiva, considerada uma das mais intensas desde o início do conflito em fevereiro de 2022, deixou ao menos 21 mortos, 48 feridos e danificou escritórios da União Europeia na capital ucraniana.
Trump tem reiterado que não fornecerá mais armamentos gratuitamente a Kiev. Em julho, o presidente declarou ter fechado acordo com a Otan para que os demais membros da aliança financiem a aquisição de armas norte-americanas destinadas às forças ucranianas.
Encontros diplomáticos recentes
A escalada russa ocorreu cerca de duas semanas depois de Trump se reunir por duas horas e meia, no Alasca, com o presidente Vladimir Putin. Embora ambos tenham classificado a conversa como produtiva, não foi anunciado cessar-fogo.
Três dias após o encontro, Trump recebeu na Casa Branca o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus e da Otan para discutir garantias de segurança futuras para a Ucrânia. Na ocasião, o presidente norte-americano prometeu intermediar uma reunião entre Zelensky e Putin, mas ainda não há definição sobre data, local ou condições.
Imagem: SERGEY DOLZHENKO
Na última sexta-feira (22), Trump estabeleceu prazo de duas semanas para que Moscou e Kiev iniciem negociações diretas.
Com a nova autorização de venda, Washington mantém o apoio militar à Ucrânia, agora sob o modelo de pagamento acordado com os aliados da Otan.
Com informações de Gazeta do Povo
