Curitiba, 12 de setembro de 2025 – Uma operação com drones russos que cruzaram a fronteira da Polônia nesta semana acionou resposta imediata da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Trata-se do primeiro episódio em que países europeus integrantes da aliança derrubam equipamentos militares de Moscou desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O incidente, classificado por autoridades ocidentais como inesperado, reacendeu temores de escalada do conflito e levantou a pergunta: a Europa está pronta para enfrentar a Rússia em um embate direto?
Analistas apontam que a incursão pode ter sido um teste de Moscou aos limites de defesa coletiva previstos no Artigo 5º da Otan, que estabelece reação conjunta a ataques contra qualquer membro. A Polônia, na linha de frente de apoio a Kiev, reforçou seus sistemas antiaéreos após a violação do espaço aéreo.
Apesar da pronta resposta, diplomatas europeus admitem preocupação com a capacidade de sustentação logística e militar em caso de confronto prolongado com as forças russas. A aliança mantém reuniões de emergência para avaliar possíveis ajustes no dispositivo defensivo do flanco leste.
A escalada ocorre em meio a declarações de líderes da Otan de que a invasão russa à Ucrânia representa ameaça direta à segurança do continente. Fontes militares polonesas informaram que os destroços dos drones serão analisados para confirmar a origem e determinar eventuais medidas adicionais.

Imagem: PAVEL BEDNYAKOV
A consulta pública aberta pelo jornal Gazeta do Povo questiona se a população europeia considera o bloco preparado para uma guerra em larga escala contra Moscou, tema que voltou ao centro do debate após o episódio na Polônia.
Com informações de Gazeta do Povo