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Dinamarca anuncia investimento recorde de 58 bilhões de coroas em defesa aérea após incursão russa na Polônia

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O governo da Dinamarca, integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), confirmou nesta sexta-feira (12) a maior aquisição militar de sua história: 58 bilhões de coroas dinamarquesas (aproximadamente 7,7 bilhões de euros) destinados à compra de oito sistemas europeus de defesa aérea.

Entre os equipamentos encomendados estão o sistema de longo alcance SAMP, desenvolvido em parceria franco-italiana, e os modelos de médio alcance NASAMS (Noruega), IRIS (Alemanha) e MICA (França). O ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, classificou a medida como “um salto exponencial” na capacidade de proteção do país.

Será a primeira vez desde 2004 que a Dinamarca volta a contar com defesa aérea terrestre. Segundo o chefe do Estado-Maior, general Michael Hyldgaard, o gasto superou em duas vezes o orçamento inicialmente previsto, considerado necessário para resguardar a população civil e a infraestrutura crítica diante de ameaças externas.

Contexto regional

A decisão ocorre dois dias depois de drones russos violarem o espaço aéreo da Polônia e se aproximarem da fronteira alemã, num ataque classificado por Varsóvia como ofensiva a uma base de apoio à Ucrânia. O episódio reforçou a pressão sobre países do leste e do norte da Europa para acelerar o reequipamento militar.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, vem defendendo publicamente maior agilidade nos investimentos em defesa. De acordo com relatório da Otan divulgado em 28 de agosto, o país já destina 3,22% do Produto Interno Bruto a gasto militar, acima da meta de 2% fixada pela aliança.

Outras medidas de segurança

Em maio, Copenhague apresentou um plano decenal de 143 bilhões de coroas (19,2 bilhões de euros), que inclui 21,9 bilhões de coroas (2,94 bilhões de euros) em apoio militar direto à Ucrânia até 2028. Além disso, a Dinamarca reformou recentemente o serviço militar, estendendo a duração de quatro para 11 meses e tornando a participação obrigatória também para mulheres.

Com a nova aquisição, o governo espera fortalecer a defesa aérea nacional diante do cenário de tensão crescente na região.

Com informações de Gazeta do Povo

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