Impedida de usar o sistema financeiro dos Estados Unidos por causa das sanções, a comitiva russa que levou o presidente Vladimir Putin ao Alasca teve de quitar em dinheiro vivo o combustível do Ilyushin Il-96 utilizado na viagem. O episódio ocorreu na sexta-feira (15) e foi relatado pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em entrevista à rede NBC.
Segundo Rubio, ao pousarem no Alasca, os representantes russos “tiveram que se oferecer para pagar em dinheiro para reabastecer seus aviões porque não podem usar nosso sistema bancário”. O secretário acrescentou que Moscou enfrenta esse tipo de restrição “todos os dias”, mas avaliou que a medida ainda não alterou o rumo da guerra que, há mais de três anos, opõe Rússia e Ucrânia.
Com capacidade para 152.620 litros, o Il-96 precisou de cerca de US$ 85 mil para completar os tanques, considerando o preço médio de US$ 2,10 por galão (3,8 litros) divulgado pelo Monitor de Preços de Combustível de Aviação da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
O mesmo avião esteve no Brasil em fevereiro de 2024. Na ocasião, o abastecimento foi recusado por todas as fornecedoras no Aeroporto Internacional do Galeão (RJ). Dias depois, a Jetfly Combustíveis atendeu a aeronave, decisão que levou a empresa a ser incluída na lista de companhias proibidas de abastecer aviões de matrícula norte-americana.
Cúpula termina sem trégua
O encontro entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Anchorage, buscava um caminho para suspender as hostilidades no Leste Europeu, mas terminou sem acordo de cessar-fogo.

Imagem: Bruno Sznajderman
Na segunda-feira seguinte (18), Trump recebeu na Casa Branca líderes europeus — Emmanuel Macron (França), Friedrich Merz (Alemanha), Keir Starmer (Reino Unido), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia). O presidente norte-americano anunciou a intenção de promover uma reunião bilateral entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e Putin, seguida de um encontro trilateral com sua participação.
Zelensky declarou que Kiev está disposta a negociar “sem condições prévias”.
Com informações de Gazeta do Povo