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Catar promete resposta ao ataque israelense que alvejou líderes do Hamas em Doha

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O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, declarou nesta quarta-feira (10) que o país reagirá ao bombardeio realizado por Israel em Doha, que tinha como alvo integrantes do Hamas. Em entrevista à CNN, o chefe de governo classificou a ação como “terrorismo de Estado” e afirmou sentir-se “traído” por Tel Aviv.

O ataque ocorreu na terça-feira (9) em uma área da capital catariana onde dirigentes do grupo palestino participavam de reuniões sobre um possível cessar-fogo. Segundo Al-Thani, um agente de segurança catariano de 22 anos morreu na ofensiva. “Estamos tentando identificar se há mais desaparecidos. Há cidadãos do Catar em situação muito perigosa”, disse.

Questionado sobre o paradeiro de Khalil Al-Hayya, chefe da delegação de negociações do Hamas e principal alvo da operação, o premiê não confirmou se o dirigente sobreviveu. O Hamas informou a morte de cinco membros, sem detalhar se havia líderes entre as vítimas.

Críticas a Netanyahu

Al-Thani acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de comprometer as negociações para libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza. “O que Netanyahu fez ontem foi simplesmente matar qualquer esperança para esses reféns”, afirmou, lembrando que, no mesmo dia, havia se reunido com familiares dos sequestrados.

Ele defendeu que o líder israelense seja responsabilizado internacionalmente. “Ele precisa ser levado à Justiça. É ele quem é procurado pelo Tribunal Penal Internacional”, declarou, acrescentando que o ataque “mina qualquer chance de estabilidade” na região.

Coordenação com países árabes

De acordo com o premiê catariano, o governo de Doha articula uma reação conjunta com outras nações árabes e islâmicas. “Haverá uma resposta que virá da região. Essa resposta está atualmente em consulta e discussão com outros parceiros”, disse.

Apesar do episódio, Al-Thani garantiu que o Catar seguirá atuando como mediador no conflito israelo-palestino. “Nossa tradição diplomática não será intimidada”, concluiu.

Com informações de Gazeta do Povo

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