Porto Alegre (RS) – Criada em 2009 a partir de uma ideia concebida três anos antes para transformar a lista de presentes de um casamento em contribuições financeiras, a Vakinha alcançou o posto de maior plataforma de arrecadação coletiva online da América Latina.
De acordo com a companhia, cerca de 3 mil novas campanhas são abertas diariamente. O sistema permite a captação de recursos para causas ligadas a saúde, solidariedade, educação, cultura e esportes, entre outras áreas.
Infraestrutura testada em crises
Os fundadores Luiz Felipe Gheller e Fabrício Milesi desenvolveram do zero a infraestrutura tecnológica necessária para suportar grande volume de acessos. O modelo foi ajustado depois de cinco quebras e diversas tentativas até demonstrar robustez suficiente para grandes picos de uso.
O maior teste ocorreu durante as enchentes que atingiram Porto Alegre em 2023. Mesmo com a sede ilhada, a plataforma recebeu quase R$ 80 milhões em doações pulverizadas, a maior campanha solidária de sua história. Antes disso, a Vakinha já havia apoiado iniciativas em quatro enchentes anteriores e se destacado na mobilização de recursos durante a pandemia de Covid-19.
Ecossistema do Bem e novos projetos
Após a tragédia no Rio Grande do Sul, a empresa passou a adotar papel mais ativo em causas sociais. Projetos próprios foram agrupados no chamado Ecossistema do Bem, que inclui verticais para negócios de impacto, ONGs, eventos solidários e ações emergenciais. Um exemplo é o “Mulheres Transforma”, programa voltado à educação de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Imagem: Internet
Adoção do Pix impulsiona transações
A implementação do Pix no fim de 2020 exigiu redesenho rápido do sistema, até então baseado em boletos bancários e cartões de crédito. Hoje, o método responde por 90% das transações realizadas na plataforma.
Próximos passos tecnológicos
Segurança, transparência e evolução gradual do sistema seguem como prioridades dos sócios. A empresa já testa recursos de inteligência artificial que serão integrados ao aplicativo atualmente em desenvolvimento.
Com informações de InfoMoney