Santa Catarina alcançou faturamento de R$ 42,5 bilhões no setor de tecnologia em 2024 e assumiu a quinta colocação nacional, ultrapassando o Rio Grande do Sul. O desempenho, apresentado pelo Observatório ACATE 2025 nesta terça-feira (27) durante o Startup Summit, em Florianópolis, representa alta de 11% em relação ao ano anterior e mais de 40% de crescimento nos últimos cinco anos.
O levantamento, elaborado pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) com dados da Neoway e de fontes públicas, mostra que o setor responde por 7,75% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense — a terceira maior participação estadual no país. O faturamento per capita chegou a R$ 5,2 mil, atrás apenas de Distrito Federal, São Paulo e Amazonas.
Desempenho nacional
No cenário nacional, o segmento de tecnologia movimentou R$ 813,2 bilhões em 2024, avanço de 7,7% sobre 2023. Entre os estados com maiores altas percentuais despontaram Sergipe, Acre, Amapá e Rondônia, todos acima de 30%. No grupo dos dez principais mercados, destacaram-se Ceará (+20,5%), Paraná (+18,7%), Bahia (+15,6%), Distrito Federal (+11,8%), Santa Catarina (+11%) e Minas Gerais (+10,8%).
Ranking por faturamento em 2024
1º São Paulo – R$ 376 bilhões (crescimento de 6,6%)
2º Rio de Janeiro – R$ 68 bilhões (+4,1%)
3º Minas Gerais – R$ 64 bilhões (+10,8%)
4º Paraná – R$ 55 bilhões (+18,7%)
5º Santa Catarina – R$ 42,5 bilhões (+11%)
6º Rio Grande do Sul – R$ 41 bilhões (+2,5%)
Mais empresas no Estado
Santa Catarina também liderou o aumento proporcional de companhias de tecnologia em 2024, com expansão de 6,2%, chegando a 29,4 mil negócios ativos. O crescimento contrasta com a retração observada em São Paulo (-0,4%), Rio de Janeiro (-4,5%) e Rio Grande do Sul (-1,2%). O Estado ocupa agora a sexta posição em número absoluto de empresas no setor.

Imagem: Internet
Para o presidente da ACATE, Diego Brites Ramos, o resultado sinaliza amadurecimento estrutural do ecossistema de inovação local, sustentado pela qualificação de mão de obra, estímulos ao empreendedorismo e colaboração entre universidades, empresas e poder público.
Com o avanço de mercados como Paraná, Ceará e Santa Catarina, a fatia de São Paulo e Rio de Janeiro no faturamento total do setor caiu de 57% em 2018 para 54% em 2024.
Com informações de InfoMoney