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Rotatividade no varejo paulistano chega a 30,3% no primeiro semestre

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O comércio varejista da cidade de São Paulo encerrou o primeiro semestre de 2024 com a maior taxa de rotatividade desde 2020. Levantamento do Sindilojas-SP indica que 30,3% dos cerca de 600 mil trabalhadores que permaneciam ativos até o fim de 2024 trocaram de emprego entre janeiro e junho.

De acordo com o presidente da entidade, Aldo Nuñez Macri, o movimento reflete um mercado de trabalho aquecido e as particularidades do setor, que costuma ser porta de entrada para o primeiro emprego. “A média salarial e as oportunidades de carreira ainda são barreiras”, afirmou.

Setores com maior giro de pessoal

Entre os segmentos analisados, o comércio de artigos usados liderou a rotatividade, com 53,1%, seguido por lojas de conveniência, com 44,9%. Outros ramos, como lojas de produtos farmacêuticos homeopáticos, minimercados, mercearias, armazéns, lojas de variedades, cosméticos, perfumarias e lojas de doces, apresentaram índices superiores a 38%.

Perfil dos desligados

O tempo médio de permanência no emprego dos trabalhadores desligados era de aproximadamente 18 meses. Entre eles, 52,8% eram mulheres, 87,5% haviam concluído o ensino médio e 55,5% tinham até 29 anos.

Impactos para as empresas

Segundo o Sindilojas-SP, a rotatividade representa custos elevados com recrutamento, treinamento e desligamentos, especialmente para micro e pequenos negócios, que operam com margens mais estreitas. Essas empresas correspondem a 95% dos varejistas da capital.

A remuneração média no setor é de cerca de R$ 2.500, acima do salário mínimo, mas grandes redes conseguem oferecer salários maiores, benefícios e planos de carreira, vantagem que as pequenas e médias não conseguem replicar com a mesma intensidade.

Para Macri, o desafio agora é “fidelizar os funcionários” e garantir estabilidade nas equipes para reduzir os impactos causados pela constante troca de mão de obra.

Com informações de InfoMoney

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