São Paulo — A Positive Company, holding que controla a marca de leites vegetais A Tal da Castanha, traçou a meta de alcançar faturamento de R$ 1 bilhão até 2030. O objetivo foi confirmado pelo cofundador e CEO Rodrigo Carvalho, que dirige o negócio ao lado do irmão Felipe.
Expansão acelerada
Segundo Carvalho, a virada de escala começou em 2020, quando a empresa formou uma joint venture com o Grupo 3corações. Na época, o grupo faturava entre R$ 25 milhões e R$ 28 milhões por ano; desde então, a receita cresceu mais de 12 vezes.
A parceria garante suporte logístico e administrativo, permitindo que a Positive opere com cerca de 60 funcionários diretos. “Ganhamos sobretudo em distribuição e área comercial”, afirmou o executivo.
Portfólio diversificado
Fundada dentro da Amêndoas do Brasil, a Positive começou com bebidas vegetais e ampliou o portfólio para snacks saudáveis, suplementos naturais e bebidas hidratantes. Entre os destaques estão:
- Jungle: lançada em 2019, combina água de coco, suco de fruta e tapioca; cresceu 15 vezes no último ano.
- Zaytas: chips feitos com farinha sem glúten e sem leite, incorporados ao grupo após aquisição de participação na Zaya.
Barreiras fiscais
O CEO aponta a tributação como principal obstáculo à popularização dos leites vegetais. Enquanto o produto de origem animal recebe incentivos que zeram impostos em vários estados, as versões vegetais pagam entre 30% e 33% de tributos sobre o faturamento. Atualmente, de 3% a 5% dos consumidores de leite no Brasil optam por alternativas vegetais, ante 20% a 25% nos Estados Unidos.
Abertura de mercados externos
Após suspender um plano de expansão aos Estados Unidos durante a pandemia, a companhia voltou a receber pedidos de importadores. Sob a marca PlantCo, A Tal da Castanha já está na Austrália e no Canadá e prepara entrada no México, Chile, Paraguai e Argentina.

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Marketing esportivo e controle de qualidade
Para reforçar visibilidade, a Positive patrocina o piloto Rafa Câmara, campeão antecipado da Fórmula 3, além de equipes de vôlei, triatlo e provas de corrida. Em pesquisa e testes, o grupo investiu mais de R$ 3 milhões em análises laboratoriais no primeiro semestre de 2023, de acordo com Carvalho.
O executivo também destaca a busca por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, rotina que inclui corrida, natação, ciclismo, tênis e musculação. “Esse equilíbrio é fundamental para a longevidade pessoal e do negócio”, disse.
Com informações de InfoMoney