O Brasil vive um avanço do empreendedorismo movido por oportunidade. Dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgados pelo Sebrae, mostram que 66% dos brasileiros que decidiram abrir empresa em 2025 o fizeram porque identificaram chances de crescimento, não por necessidade.
Aberturas em alta
Entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados mais de 3,4 milhões de novos pequenos negócios no país, volume superior ao apurado nos mesmos períodos de 2024 e 2023. Só em agosto, o número ultrapassou 412 mil, alta de 13% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Somados os últimos dois anos e oito meses, o total de empresas abertas alcança 11 milhões. Esse movimento reflete-se em vários segmentos: mais de 160 mercadinhos são inaugurados por dia e, a cada seis minutos, uma nova padaria inicia operações em bairros ou comunidades urbanas.
Setores em destaque
O setor de serviços lidera a expansão, respondendo por 64% das novas empresas. Em seguida vêm comércio (21%), além de crescimento na indústria, construção e agronegócio.
Nos salões de beleza, o dinamismo é expressivo: em 2025, já são mais de 800 mil estabelecimentos ativos, gerando quase 7 milhões de empregos — avanço de 26% frente a 2022.
O varejo farmacêutico também evolui. O país possui mais de 124 mil farmácias, das quais 83,7% são micro ou pequenas empresas. Apenas em 2025 foram abertas 5.814 novas unidades de pequeno porte. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) projeta que o faturamento do segmento ultrapasse R$ 200 bilhões em 2025; em 2024, já havia crescido 14%, alcançando R$ 103 bilhões.

Imagem: Décio Lima
Geração de empregos
Os pequenos negócios continuam impulsionando o mercado de trabalho formal. Entre janeiro e julho de 2025, responderam por mais de 853 mil vagas com carteira assinada, o que representa 63% do saldo positivo de empregos no período.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números demonstram que a força empreendedora do país está nas comunidades e bairros, onde a abertura de padarias, oficinas, mercadinhos e startups mantém a economia em movimento.
Com informações de Agência Sebrae de Notícias