Micro e pequenas empresas (MPE) que recebem, ao mesmo tempo, financiamento e orientação em gestão correm metade do risco de encerrar as atividades em comparação às que não contam com esse suporte. O dado faz parte de pesquisa conduzida pelo Sebrae em parceria com o Banco do Nordeste (BNB), por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), que avaliou negócios abertos entre 2019 e 2024.
Segundo o levantamento, a taxa de sobrevivência das empresas com acesso simultâneo a crédito e consultoria atinge 89,5% nos primeiros seis anos de funcionamento, resultado seis pontos percentuais acima das MPE sem apoio. O estudo também aponta que quanto maior o tempo de acompanhamento, menores são as chances de encerramento.
Entre os Microempreendedores Individuais (MEI), a falta de recursos e de conhecimento sobre a atividade são as principais causas de fechamento, conforme a pesquisa Perfil do MEI 2024. No universo das MPE, a motivação predominante para encerrar as operações é a ausência de retorno financeiro, de acordo com o Perfil MPE 2024.
Para Décio Lima, presidente do Sebrae, a cooperação com o BNB atinge dois pontos críticos para os pequenos negócios: orientação técnica e acesso ao crédito. Ele destacou o crédito orientado e o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) como estratégias decisivas para fortalecer o setor.

Imagem: Erivelt Viana.
O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, afirmou que os resultados refletem o compromisso da instituição com pequenos e médios empreendedores, alinhado às diretrizes do governo federal. Segundo ele, a combinação de crédito com consultoria tem impacto direto na sobrevivência das empresas e na economia regional.
Com informações de Agência Sebrae de Notícias