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Prejuízo dos Correios atinge R$ 4,3 bilhões no 1º semestre de 2025 e já supera todo o ano anterior

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Brasília – A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos encerrou o primeiro semestre de 2025 com prejuízo de R$ 4,3 bilhões, conforme balanço divulgado na sexta-feira (5). O resultado negativo já é maior que todo o déficit de 2024, que somou R$ 2,6 bilhões.

Desempenho trimestral

Entre abril e junho, a estatal contabilizou perda de R$ 2,6 bilhões, quase cinco vezes o rombo de R$ 553,1 milhões registrado no mesmo intervalo do ano passado. No primeiro trimestre, o prejuízo havia alcançado R$ 1,7 bilhão, configurando o pior início de ano desde 2017.

Principais fatores

Segundo os Correios, o resultado foi pressionado por três pontos: o reajuste salarial de mais de 55 mil empregados, o crescimento das despesas com precatórios e a queda nas encomendas internacionais após a criação da “taxa das blusinhas” — imposto de 20% para compras de até US$ 50 e de 60% acima desse valor.

Receitas em queda, custos em alta

As remessas internacionais geraram R$ 815 milhões de janeiro a junho de 2025, contra R$ 2,1 bilhões no mesmo período de 2024, redução de quase 62%. Paralelamente, as despesas administrativas saltaram 74%, atingindo R$ 3,4 bilhões, impulsionadas por gastos com pessoal e precatórios.

Plano de recuperação

A companhia informou estar executando um plano para reequilibrar as finanças, lançado em maio. As ações incluem corte de despesas, diversificação de serviços, ampliação de parcerias comerciais e um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) com expectativa de economizar até R$ 1,5 bilhão.

Investigação no Senado

O desempenho negativo também motivou a abertura de uma investigação na Comissão de Fiscalização do Senado. O requerimento, apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), foi aprovado sem oposição e contará com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar possíveis irregularidades contábeis, gestão temerária e fraudes.

Enquanto a estatal busca conter os prejuízos, o Legislativo e órgãos de controle acompanham de perto a situação financeira da empresa pública.

Com informações de Gazeta do Povo

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