A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nos escritórios da Reag Investimentos na quinta-feira (28), no âmbito da Operação Carbono Oculto. A ação investiga a utilização de fundos de investimento para ocultar recursos supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), sobretudo no setor de combustíveis.
Em comunicado aos cotistas, a Reag afirmou colaborar integralmente com as autoridades e reiterou ser, segundo informações de seu site, a maior gestora independente do país, com R$ 299 bilhões sob administração. A empresa declarou confiar na Justiça e negou qualquer envolvimento em atividades ilícitas.
A gestora destacou que parte dos fundos mencionados na investigação nunca esteve sob seu controle e que, nos casos em que atuou, manteve “rigor técnico e transparência”. Disse ainda que todos os veículos nos quais prestou serviços foram liquidados ou tiveram sua administração renunciada meses atrás, sem vínculos com negócios de clientes investigados.
Além da Reag, Banco Genial, BK Bank e Bankrow aparecem na lista de empresas relacionadas à gestão dos fundos sob suspeita:

Imagem: Rovena Rosa
- BK Bank afirmou ter sido surpreendido pela operação e declarou ser instituição de pagamentos autorizada, regulada e fiscalizada pelo Banco Central, seguindo “rígidos padrões de compliance”.
- Bankrow também disse não entender a inclusão no inquérito. A fintech informou ser auditada pelo Banco Central e enviar diariamente suas movimentações ao órgão.
- Banco Genial relatou ter tomado conhecimento da operação pela imprensa e garantiu observar “os mais elevados padrões de governança corporativa, ética e compliance regulatório”.
A Operação Carbono Oculto mira grandes instituições da Avenida Faria Lima e busca interromper o uso de estruturas financeiras formais para lavagem de dinheiro do PCC. As investigações continuam sob sigilo.
Com informações de Gazeta do Povo