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Governo diz que PCC transfere ações ilícitas para setores legais após megaoperação

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Brasília — 28/08/2025 • O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira (28) que uma megaoperação deflagrada pela Polícia Federal (PF) demonstra a migração do Primeiro Comando da Capital (PCC) da atividade clandestina para negócios formalmente legais, com destaque para o mercado de combustíveis.

Três frentes em mais de dez estados

Batizadas de Tank, Quasar e Carbono Oculto, as investigações ocorreram simultaneamente em mais de dez unidades da Federação. Ao todo, foram expedidos mais de 350 mandados contra pessoas físicas, empresas e fintechs suspeitas de lavar dinheiro para a facção.

Lewandowski ressaltou que o fenômeno não se restringe ao Brasil e exige ação integrada de vários órgãos. “Não basta apenas a atuação policial; é necessária uma estratégia abrangente de governo”, declarou em coletiva de imprensa.

Participação de vários ministérios

Além de Lewandowski, participaram da entrevista o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues; a subsecretária de Fiscalização da Receita Federal, Andrea Costa Chaves; e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

Alvos incluem mil postos, quatro refinarias e mil caminhões

Haddad detalhou que o esquema operava em mais de 1.000 postos de combustíveis distribuídos por 10 estados, utilizava quatro refinarias e uma frota superior a 1.000 caminhões para transporte de produto adulterado. “Chegamos ao andar de cima da estrutura criminosa”, afirmou.

Segundo o ministro da Fazenda, fundos de investimento controlados pelo PCC movimentaram R$ 52 bilhões entre 2021 e 2025. As informações permitiram o bloqueio de bens e imóveis que podem somar bilhões de reais, medida considerada essencial para asfixiar financeiramente a organização.

Núcleo de combate ao crime organizado

Lewandowski creditou o alcance da operação à criação, no início do ano, de um núcleo dedicado ao combate ao crime organizado, reunindo PF, Receita Federal e Ministérios Públicos estaduais. Ele classificou a ação como “uma das maiores do mundo” por envolver diferentes frentes simultâneas.

Haddad antecipou que outras operações semelhantes estão previstas. “O setor de combustíveis estava mais exposto, mas essa é apenas a primeira de várias ações com coordenação nacional”, disse, incentivando estados a cooperarem independentemente de diferenças políticas.

A investigação segue em curso.

Com informações de Gazeta do Povo

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