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Café e carne bovina ficam mais baratos após tarifa de 50% dos EUA, aponta IPCA-15

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São Paulo – A aplicação da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros vendidas aos Estados Unidos coincidiu com recuo nos preços internos de café e carne bovina. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, entre 16 de julho e 14 de agosto, o café moído ficou 1,47% mais barato e as carnes caíram, em média, 0,94%.

Queda generalizada no café

O preço do café baixou em todas as capitais acompanhadas. As reduções mais expressivas apareceram em Belo Horizonte (-1,96%), Belém (-1,92%) e Goiânia (-1,78%). Mesmo com alta de 0,52% na alimentação fora do domicílio, o “cafezinho” servido em bares e restaurantes registrou variação negativa de 0,52% (-0,62% em São Paulo e ‑0,22% em Porto Alegre).

Cortes bovinos em baixa

Entre as proteínas, o filé-mignon liderou a deflação, com queda de 2,85%. Também recuaram capa de filé (-2,35%), costela (-2,26%), patinho (-1,59%), acém (-1,57%), paleta (-1,28%), lagarto comum (-1,22%), lagarto redondo (-1,10%), contrafilé (-1,07%), picanha (-0,65%), alcatra (-0,38%) e outro corte de acém (-0,34%).

Oferta maior no mercado interno

Apesar de quase 700 produtos terem sido poupados da sobretaxa norte-americana, café e carne bovina permaneceram na lista tarifada. Analistas já vinham estimando avanço da oferta doméstica, o que pressiona os preços para baixo no curto prazo. Nos seis primeiros meses de 2025, o café em grão liderou as vendas do agronegócio brasileiro aos EUA, com US$ 1,17 bilhão (16% das exportações do produto). A carne bovina veio em seguida, com US$ 1,03 bilhão, sendo US$ 791 milhões em proteína desossada congelada (12% do total exportado) e US$ 239 milhões em carne industrializada (65% desse segmento).

Outros alimentos também recuam

No mesmo IPCA-15, frutas (-3,72%), pescados (-1,1%) e óleos e gorduras (-4,22%) mostraram deflação. Entre as frutas, a manga teve a maior baixa (-20,99%), seguida de maracujá (-11,68%), laranja-baía (-8,31%) e uva (-6,61%). O morango subiu 11,18%. Nos pescados, as quedas mais fortes ocorreram em peixe-filhote (-3,46%), cavala (-2,62%), palombeta (-2,26%), tambaqui (-1,95%) e caranguejo (-1,6%).

Café e carne bovina ficam mais baratos após tarifa de 50% dos EUA, aponta IPCA-15 - Imagem do artigo original

Imagem: PublicDomainPictures

Energia puxa habitação para baixo

O grupo habitação também contribuiu para a retração do índice geral, caindo 1,13% após alta de 0,98% em julho. A redução de 4,93% na energia elétrica, influenciada pela incorporação do bônus de Itaipu, foi determinante.

O IPCA-15 de agosto resultou em deflação de 0,14% no indicador geral.

Com informações de Gazeta do Povo

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