Com a rápida expansão do Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central, criminosos têm explorado a agilidade da ferramenta para aplicar fraudes virtuais cada vez mais elaboradas. Segundo a Gazeta do Povo, já foram expostas 47 milhões de chaves pertencentes a 11 milhões de pessoas, o que amplia o risco de ataques.
Como os golpes acontecem
De acordo com Sidnei Fernando, gerente de segurança da informação do Paraná Banco, os golpes mais frequentes utilizam engenharia social. O criminoso entra em contato fingindo ser funcionário da instituição financeira e cria uma situação de urgência para que a vítima transfira dinheiro imediatamente.
Entre as fraudes mais comuns estão:
- Ligação falsa do banco – o golpista informa uma suposta compra suspeita e oferece cancelamento imediato mediante confirmação de dados ou realização de Pix;
- Mão fantasma – a vítima é convencida a instalar aplicativo que permite acesso remoto ao celular ou computador;
- QR Code adulterado – códigos de pagamento são trocados em estabelecimentos para direcionar valores a contas dos fraudadores;
- Links maliciosos – mensagens com endereços eletrônicos que, ao serem acessados, possibilitam o controle do dispositivo da vítima.
Quem são as principais vítimas
Idosos e pessoas com pouca familiaridade digital figuram entre os alvos preferidos. “O criminoso faz terrorismo emocional para impedir qualquer reação”, explica Sidnei Fernando.
O que fazer após cair no golpe
Especialistas recomendam agir imediatamente:
- contatar o banco para solicitar bloqueio via Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix;
- registrar boletim de ocorrência;
- procurar delegacia especializada em crimes virtuais, como o Nuciber.
A devolução dos valores é possível quando a instituição identifica a fraude a tempo, mas a dispersão rápida do dinheiro por contas diferentes dificulta o ressarcimento.

Imagem: Marcello Casal jr via gazetadopovo.com.br
Como se prevenir
Para evitar prejuízos, o gerente do Paraná Banco orienta:
- desconfiar de ligações que peçam instalação de software ou repasse de códigos;
- verificar atentamente nome, CPF ou CNPJ antes de confirmar qualquer transferência;
- suspeitar de ofertas muito abaixo do preço de mercado.
O Banco Central reforça que nunca solicita dados pessoais por telefone e que seu banco tampouco pedirá acesso remoto ao dispositivo do cliente.
Com informações de Gazeta do Povo