A federação formada por PT, PCdoB e PV oficializou, nesta terça-feira (26), a saída do bloco parlamentar comandado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara e ocorre poucos dias depois da derrota do governo na escolha da presidência e da relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
O bloco — apelidado de “blocão” — reunia, além do PT, as bancadas de PL, União Brasil, PP, PSD, Republicanos, MDB, PDT, PSDB, Cidadania, PSB e Podemos, sustentando politicamente Motta no comando da Casa.
Reviravolta na CPMI
Na sessão que definiu os cargos da CPMI, a ausência de parlamentares governistas permitiu que a oposição substituísse os membros faltantes por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O movimento garantiu a eleição do senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência do colegiado e do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) para a relatoria.
Os dois superaram os nomes defendidos pelo Palácio do Planalto: o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), respectivamente.
Autocrítica no governo
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), reconheceu o erro de articulação e chegou a colocar o cargo à disposição do Planalto. “O time entrou com salto alto, subestimou o adversário, e o adversário teve capacidade de se articular, exerceu maioria e elegeu presidente. […] A culpa foi minha”, declarou.

Imagem: Lula Marques
Com a saída da federação petista, o “blocão” perde três partidos e, agora, deverá reavaliar a distribuição de vagas em comissões e na mesa diretora.
Com informações de Gazeta do Povo