WASHINGTON – O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou neste domingo, 24 de agosto de 2025, que a possibilidade de adotar novas sanções contra a Rússia permanece em aberto enquanto Washington busca um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia.
“As sanções não estão fora de cogitação. Decidiremos caso a caso”, declarou Vance em entrevista à emissora norte-americana NBC News.
Pressão por cessar-fogo
Segundo o vice-presidente, a Casa Branca continua a pressionar por um cessar-fogo, embora reconheça que Moscou resiste à ideia por “motivos complexos”. “Se tivéssemos controle sobre as ações da Rússia, o conflito já teria acabado há sete meses”, disse. “Ainda assim, o presidente dos Estados Unidos tem muitas cartas para jogar e pretende usá-las para tentar pôr fim a essa guerra.”
Vance acrescentou estar confiante na possibilidade de um acordo, citando “concessões significativas de ambos os lados” observadas nas últimas semanas.
Ameaça reiterada por Trump
Na sexta-feira anterior, o presidente Donald Trump voltou a mencionar a adoção de sanções adicionais contra Moscou, uma semana depois de participar de uma cúpula no Alasca com o presidente russo, Vladimir Putin, dedicada à busca de uma solução para o conflito.
No início da semana, Trump havia se reunido com o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, e com líderes europeus, anunciando intenção de realizar uma nova cúpula – bilateral entre Putin e Zelensky ou trilateral com participação norte-americana.

Imagem: Bruno Sznajderman
Garantias de segurança sem tropas americanas
Questionado sobre o apoio militar à Ucrânia, Vance afirmou que as garantias de segurança oferecidas por Washington não incluem o envio de soldados dos Estados Unidos. “O presidente foi muito claro: não haverá tropas americanas em solo ucraniano. Continuaremos, porém, a assegurar que Kiev tenha a confiança necessária para encerrar a guerra”, ressaltou.
Ataque a fábrica norte-americana
O vice-presidente também comentou o recente ataque com mísseis russos no oeste da Ucrânia, que atingiu uma fábrica de eletrônicos pertencente a uma empresa dos Estados Unidos. “Não gostamos disso, mas é uma guerra, e queremos pôr fim à matança. Muitos civis já morreram, algo que condenamos desde o começo”, concluiu.
Com informações de Gazeta do Povo