O recém-empossado presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o nome mais provável do partido para disputar o governo de São Paulo em 2026, com o objetivo de fortalecer o palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no maior colégio eleitoral do país.
Edinho falou com jornalistas no sábado (23), durante evento da sigla, e ressaltou que as principais lideranças petistas terão função eleitoral no próximo pleito. “Nossas lideranças terão que cumprir papel eleitoral”, disse, acrescentando que não há conversas específicas com Haddad, mas que todos os dirigentes estarão envolvidos nas eleições.
A possibilidade de Haddad voltar a disputar o Palácio dos Bandeirantes circula desde 2024 e ganhou fôlego neste ano. Em julho, o ministro afirmou que Lula será candidato à reeleição em 2026, disse estar disposto a coordenar a campanha e admitiu ter sido sondado para concorrer ao governo paulista, embora considere improvável e veja a decisão como prerrogativa do presidente.
Edinho assumiu o comando do PT com discurso de aproximação ao centro e de ampliação da federação partidária que hoje reúne PT, PCdoB e PV. A nova resolução aprovada no encontro prega alianças estaduais para impulsionar a candidatura de Lula e ampliar bancadas no Congresso.
Segundo o dirigente, o partido também busca evitar que a direita feche em torno de um único nome. Lula vem se reunindo com líderes de diversas legendas para frear lançamentos isolados e impedir uma coalizão em torno de perfis como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), já colocado como pré-candidato, ou do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), cogitado por PP e Republicanos.
Imagem: Diogo Zacarias
“Vamos disputar essas lideranças até o fim. Se elas quiserem estar conosco, serão bem-vindas”, declarou Edinho. O documento aprovado pelo PT afirma que a prioridade do partido é enfrentar a “extrema direita, o imperialismo e o fascismo” associados ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e às lideranças ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com informações de Gazeta do Povo
