O senador Izalci Lucas (PL-DF) apresentou cerca de 330 dos quase 800 requerimentos já protocolados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As solicitações, registradas até a noite de sexta-feira (22), correspondem a quase metade de todas as demandas do colegiado.
Entre os pedidos, o parlamentar da oposição solicita a convocação de ex-presidentes do INSS, dirigentes de associações, além de atuais e ex-ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Izalci também requer a quebra de sigilo de empresas e entidades citadas nas investigações e encaminhou solicitações de informações à Polícia Federal e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Em entrevista publicada neste sábado (23) pela Folha de S.Paulo, o senador disse ter elaborado “todo o organograma” do esquema de desvio de benefícios previdenciários. “Quem está errado tem que pagar. Não haverá seletividade”, afirmou, acrescentando que pretende convocar envolvidos mesmo sem ligação comprovada com as irregularidades.
A ofensiva de Izalci ocorre após a oposição conquistar o comando da CPMI nesta semana. Por 17 votos a 14, o colegiado elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência, derrotando Omar Aziz (PSD-AM), apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Na mesma sessão, Viana substituiu o relator governista Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e nomeou o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), ex-membro do Ministério Público.
Imagem: Edils Rodrigues
Ao assumir o cargo, Viana declarou que a comissão se concentrará em apurar responsabilidades e propor medidas para evitar novos desvios de recursos destinados a aposentados e pensionistas. “Não há desejo de prejudicar quem quer que seja; queremos esclarecer o que ocorreu e punir os culpados”, disse.
Com informações de Gazeta do Povo
