O consumo de ovos no Brasil deve alcançar 288 unidades por habitante em 2025, 19 a mais do que no ano anterior, segundo projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Para 2026, a entidade estima 306 ovos per capita.
Com avanço de 7% no consumo por pessoa este ano, o país estreia na lista dos dez maiores consumidores do mundo, ocupando a sétima posição, empatado com a Rússia, informou o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Em uma década, o crescimento acumulado é de 50%.
Produção acompanha demanda
A oferta interna está reagindo ao aumento da procura. A produção brasileira deve somar 62 bilhões de unidades em 2024, alta de 7,5% sobre o ano anterior. Para 2026, a previsão é de 65 bilhões de ovos.
Exportações superam 1% da produção
Pela primeira vez, o Brasil deverá embarcar ao exterior mais de 1% de sua produção anual. A expectativa para 2024 é exportar cerca de 40 mil ovos, volume mais que o dobro dos 18,5 mil registrados no ano passado.
De janeiro a julho, os Estados Unidos responderam por 63% das exportações brasileiras, reflexo da escassez provocada pela gripe aviária naquele mercado. O ritmo, porém, foi interrompido após o governo norte-americano estabelecer tarifa de 50% sobre o produto brasileiro. “As empresas decidiram aguardar os desdobramentos”, disse Santin, que trabalha para incluir os ovos na lista de exceções tarifárias.

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Meta de fornecedor global
Apesar do impasse com os Estados Unidos, a ABPA projeta que o Brasil se firme como exportador permanente. A expectativa da entidade é elevar as vendas externas em 12,5% até 2026. Entre as companhias com perfil exportador, Santin citou a JBS, que adquiriu 50% da Mantiqueira, a Granja Faria, em expansão internacional, e a Naturovos, que já atua no mercado externo.
Com informações de InfoMoney