Brasília — As viagens nacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de comitivas oficiais já consumiram R$ 2,4 milhões dos cofres públicos em 2025, de acordo com dados de passagens aéreas e diárias reunidos até agosto. Do total, R$ 1,6 milhão refere-se aos deslocamentos do chefe do Executivo e de sua equipe para inaugurações, visitas a obras e lançamentos de programas. Outros R$ 800 mil bancaram o transporte de 130 professores e reitores que participaram de dois eventos em Brasília.
Gastos em agendas pelo país
No fim de maio, o presidente foi a Campo Verde (MT) lançar o programa Solo Vivo, viagem que gerou despesa de R$ 144 mil. Em seguida, visitou Macapá (AP) para doar área da União e entregar um conjunto habitacional; o deslocamento custou R$ 130 mil.
A participação de Lula na Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, adicionou R$ 176 mil em passagens e diárias. Já a ida a Mariana (MG) para a cerimônia sobre o Novo Acordo Rio Doce somou R$ 107 mil.
Visitas à Ferrovia Transnordestina
Em julho, Lula e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação) percorreram trechos da Ferrovia Transnordestina em Missão Velha (CE). A agenda custou R$ 158 mil. Consideradas todas as inspeções ao canteiro de obras ao longo do ano, o gasto alcança R$ 230 mil. A ferrovia, iniciada em 2006, tem 76% de execução, orçamento de R$ 15 bilhões e previsão de conclusão em 2028.
Agricultura e reforma agrária
Em junho, o presidente compareceu a Contagem (MG) para entregar 318 máquinas agrícolas pelo Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola. Na mesma época, esteve em Araguatins (TO) para distribuição de títulos de regularização fundiária, viagem que gerou R$ 65 mil em custos. Ainda no fim de maio, participou do lançamento do Programa Terra da Gente em Ortigueira (PR), ao custo de R$ 90 mil.

Imagem: Ricardo Stuckert
Professores e reitores em Brasília
Duas agendas educacionais também foram custeadas pelo governo. Em janeiro, 76 professores viajaram para o lançamento do programa Mais Professores, ao custo de R$ 521 mil — média de R$ 6,9 mil por passagem. Em maio, 52 reitores de universidades e institutos federais foram levados à capital para encontro com o Ministério da Educação, despesa de R$ 273 mil. Somados, os dois eventos representaram R$ 794 mil, arredondados pelo governo para R$ 800 mil.
Com essas despesas, o valor total destinado a deslocamentos nacionais do presidente e de convidados oficiais atinge R$ 2,4 milhões até agosto de 2025.
Com informações de Gazeta do Povo