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Lula telefona para Macron e contesta tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros

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Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por quase uma hora, na manhã de quarta-feira, 20 de agosto de 2025, com o presidente da França, Emmanuel Macron. O principal tema foi a elevação de tarifas aplicada pelos Estados Unidos a exportações brasileiras, medida que o governo brasileiro classificou como “injustificada”.

Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, Lula informou ao líder francês que o Brasil já acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o aumento dos impostos norte-americanos e criticou o “uso político” de barreiras comerciais. Até a última atualização desta reportagem, não havia manifestação oficial do governo francês sobre a ligação.

Novos acordos comerciais

Durante a conversa, Lula ressaltou que o país busca ampliar mercados e mencionou a conclusão do acordo Mercosul-EFTA, além de negociações em andamento com Japão, Vietnã e Indonésia. Ambos os presidentes comprometeram-se a intensificar tratativas para que o acordo Mercosul-União Europeia seja assinado ainda neste semestre, período em que o Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco sul-americano.

Multilateralismo e Brics

Lula e Macron defenderam maior cooperação entre nações desenvolvidas e países do Sul Global dentro de um sistema comercial baseado em regras internacionais. O chefe do Executivo brasileiro acrescentou que a promoção do multilateralismo será tema central de uma cúpula virtual do Brics prevista para setembro.

COP 30 em Belém

A conferência climática marcada para novembro na capital paraense também foi discutida. Lula qualificou a COP 30 como a “COP da verdade” e cobrou metas mais ambiciosas da União Europeia. Macron confirmou presença no evento.

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Imagem: Charles Pozzebom

Guerra na Ucrânia e gastos militares

Os dois líderes trocaram impressões sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o Planalto, o presidente francês elogiou a iniciativa de Brasil e China de intermediar negociações de paz. Lula manifestou preocupação com a alta nos orçamentos militares enquanto cerca de 700 milhões de pessoas permanecem em situação de fome e defendeu a reforma de instituições multilaterais para torná-las mais representativas.

Por fim, Brasil e França concordaram em aprofundar a cooperação bilateral na área de defesa.

Com informações de Gazeta do Povo

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