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Pesquisa Quaest mostra reprovação a Lula em queda, mas ainda acima da aprovação

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A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu para 51% em agosto, dois pontos percentuais abaixo do índice registrado em julho, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (20) pela Quaest. Já a aprovação subiu de 43% para 46%, também variação de dois pontos, dentro da margem de erro.

O levantamento foi realizado entre 13 e 17 de agosto, com entrevistas presenciais a 2.004 eleitores em 120 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Motivos apontados para a oscilação

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a melhora na avaliação está ligada à percepção de queda no preço dos alimentos e à reação do governo brasileiro ao tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Avaliação detalhada do governo

Quando os entrevistados classificam o desempenho de Lula de forma mais específica, os resultados foram:

Positivo: 31% (28% em julho)
Negativo: 39% (40%)
Regular: 27%
Não sabe/não respondeu: 3%

Diferenças regionais

A aprovação avançou principalmente no Nordeste e no Centro-Oeste. A desaprovação recuou levemente no Sudeste e no Sul, mas segue elevada em alguns estados:

São Paulo (65%), Minas Gerais (59%), Rio de Janeiro (62%), Paraná (64%), Rio Grande do Sul (62%) e Goiás (66%). A aprovação supera a desaprovação apenas na Bahia (60%) e em Pernambuco (62%).

Direção do país

Para 57% dos entrevistados, o governo caminha na direção errada; 36% avaliam que segue o rumo certo. Entre eleitores sem alinhamento declarado a Lula ou ao ex-presidente Jair Bolsonaro, 61% são pessimistas quanto ao rumo do país.

Pesquisa Quaest mostra reprovação a Lula em queda, mas ainda acima da aprovação - Imagem do artigo original

Imagem: Marcelo Camargo

Comparação com Bolsonaro

No confronto direto com a gestão anterior, 43% consideram o governo Lula melhor que o de Bolsonaro, enquanto 38% o julgam pior e 16% veem os dois como iguais.

Percepção da economia

Os indicadores econômicos captados pela pesquisa mostram:

  • Preços dos alimentos: 18% percebem queda; 60% ainda notam alta (em julho eram 8% e 76%, respectivamente).
  • Poder de compra: 16% sentem melhora; 70% relatam perda.
  • Mercado de trabalho: 55% consideram difícil conseguir emprego; 34% veem facilidade.
  • Situação dos últimos 12 meses: 46% dizem que a economia piorou; 22% veem melhora; 30% não percebem mudança.
  • Expectativa para os próximos 12 meses: 40% esperam melhora; 40% temem piora; 17% acreditam que permanecerá igual.

A percepção de piora no último ano aumentou no Sudeste (49%, ante 44% em julho) e no Sul (60%, ante 54%). No Nordeste, 30% enxergam melhora, enquanto 22% dos moradores do Centro-Oeste e Norte compartilham da mesma avaliação.

Com as oscilações de agosto, a desaprovação ao governo segue maior que a aprovação, mas a diferença diminuiu para cinco pontos percentuais.

Com informações de Gazeta do Povo

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