Israel reiterou nesta terça-feira (19) que não aceitará um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza sem a libertação dos 50 reféns ainda detidos pelo Hamas — 20 vivos e 30 mortos —, informou um alto responsável político israelense.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, a posição de Tel Aviv “permanece coerente” com os cinco princípios aprovados pelo gabinete de guerra há mais de uma semana. Entre esses pontos estão a ampliação da ofensiva terrestre, a ocupação da Cidade de Gaza e de áreas costeiras, além da retirada de mais de 1 milhão de civis palestinos para o sul do enclave.
A declaração foi dada enquanto Egito e Catar aguardam a resposta israelense à proposta de trégua aceita nesta terça pelo Hamas. O movimento palestino concordou com um cessar-fogo de 60 dias que prevê a libertação apenas de parte dos sequestrados, troca de prisioneiros palestinos, reposicionamento das tropas israelenses e aumento da ajuda humanitária.
O governo israelense, entretanto, sustenta que “nenhum refém ficará para trás”, citando manifestações públicas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contrárias a qualquer pausa nos combates que não inclua a libertação imediata de todos os capturados.
De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, a proposta aprovada pelo Hamas é “quase idêntica” a ofertas previamente aceitas por Israel, coincidindo em “cerca de 98%” dos termos.

Imagem: ATEF SAFADI
Até o momento, não houve pronunciamento oficial de Netanyahu ou do gabinete israelense sobre a nova oferta mediada por Catar e Egito.
Com informações de Gazeta do Povo