Pequim considerou positiva a recente reaproximação entre Estados Unidos e Rússia e voltou a defender esforços internacionais para pôr fim à guerra na Ucrânia. A posição foi apresentada nesta segunda-feira (18) pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, durante entrevista coletiva.
De acordo com Mao, o governo chinês “apoia todos os esforços que favoreçam uma solução pacífica das crises” e vê com bons olhos o encontro realizado no dia 15 de agosto, no Alasca, entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin. Foi a primeira reunião bilateral dos dois em seis anos e a primeira em território americano em uma década.
A diplomata afirmou que a China manterá sua postura “responsável e construtiva” para promover negociações, defendendo que as partes diretamente envolvidas e demais interessados ingressem em um processo de paz “no momento adequado” e alcancem rapidamente um acordo “justo, duradouro, vinculante e amplamente aceitável”.
Participação chinesa
Questionada sobre a possibilidade de Pequim assumir papel formal como garantidor de segurança em eventual pacto, Mao evitou confirmar a participação, mas reiterou que o país continuará “à sua maneira” a incentivar o diálogo.

Imagem: Bruno Sznajderman
Agenda em Washington
Nesta segunda (18), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chega a Washington para reuniões com Trump e líderes europeus em busca de caminhos para um possível cessar-fogo, em paralelo às conversas bilaterais entre Estados Unidos e Rússia.
Com informações de Gazeta do Povo