Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter o bloqueio das contas bancárias, cartões de crédito e chaves Pix de seu ex-assessor Eduardo de Oliveira Tagliaferro. A determinação, publicada na quinta-feira (7), também negou à defesa do investigado acesso integral aos autos do processo.
Moraes afirmou que o bloqueio tem caráter preventivo e visa assegurar a continuidade de diligências ainda pendentes no inquérito que apura suposta violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública.
Origem da investigação
O procedimento foi instaurado após reportagens da Folha de S.Paulo divulgarem trocas de mensagens obtidas via WhatsApp entre servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No relatório final, a Polícia Federal apontou indícios de violação de sigilo funcional e indiciou Tagliaferro.
Defesa reclama de falta de acesso
Os advogados do ex-assessor alegam ter sido surpreendidos pela decisão e afirmam que documentos essenciais não estão disponíveis. No despacho, porém, Moraes considerou prematura a liberação total das informações em razão do estágio das investigações.
Críticas públicas
Em declarações à imprensa, Tagliaferro acusou o ministro de perseguir ex-aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), citando casos envolvendo Allan dos Santos, Daniel Silveira e Paulo Figueiredo. Pelo X (antigo Twitter), o senador Jorge Seif (PL-SC) classificou a medida como mais um “grave capítulo da escalada autoritária” nas cortes superiores.

Imagem: Marcelo Camargo via gazetadopovo.com.br
Com o bloqueio mantido e o acesso limitado aos autos, a defesa de Tagliaferro estuda novas medidas judiciais para tentar reverter a decisão.
Com informações de Gazeta do Povo