O governo japonês informou nesta sexta-feira (8) que os Estados Unidos concordaram em corrigir um “erro extremamente lamentável” contido na ordem presidencial que impôs tarifas sobre produtos do Japão, eliminando a cobrança cumulativa de vários impostos e reembolsando valores cobrados em excesso.
Após reunião com autoridades norte-americanas em Washington, o ministro japonês responsável pela Revitalização Econômica, Ryosei Akazawa, declarou a jornalistas na embaixada do Japão que a tarifa recíproca de 15% não será somada às alíquotas já vigentes. A decisão segue o modelo adotado anteriormente para a União Europeia, mas não havia sido especificada para o Japão no decreto de 31 de julho assinado pelo então presidente Donald Trump.
Com o ajuste, itens como tecidos — que pagavam 7,5% — passarão a ter incidência total de 15%, em vez dos 22,5% resultantes da soma das tarifas (15% + 7,5%). Produtos cuja alíquota já supera 15%, caso da carne bovina (26,4%), permanecerão com o mesmo percentual, sem acréscimo extra.
Akazawa afirmou ainda que Washington devolverá todos os valores cobrados a mais devido à falha administrativa. Segundo ele, a Casa Branca publicará um novo decreto formalizando o acordo para reduzir as tarifas sobre automóveis e autopeças japonesas de 27,5% para 15%, conforme compromisso assumido por Trump em troca de um investimento de US$ 550 bilhões por parte do Japão.

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No mercado financeiro, o índice Nikkei 225 avançou 1,85%, encerrando o dia a 41.820,48 pontos. Entre as montadoras, as ações da Toyota subiram 3,47% para US$ 18,77 (¥ 2.773), enquanto Honda e Subaru registraram altas de 3,95% e 5,37%, respectivamente.
Com informações de Forbes