O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou o gabinete de segurança para esta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, a fim de deliberar sobre um plano militar que pretende neutralizar as últimas células do Hamas na Faixa de Gaza e libertar cerca de 20 reféns ainda mantidos vivos.
A proposta, divulgada por veículos de imprensa israelenses, prevê uma operação de quatro a cinco meses que ampliaria o controle das Forças de Defesa de Israel (FDI) sobre extensas áreas do enclave palestino.
Fases da operação
Primeira etapa – Segundo o Canal 12, a ofensiva começaria pelo norte, com a tomada da Cidade de Gaza, e alcançaria campos de refugiados na região central. Antes do avanço militar, as FDI emitiriam alertas para que os civis deixem essas áreas e se desloquem ao sul, em direção à zona humanitária de Mawasi. Esse processo de evacuação pode durar semanas.
Durante essa fase, os Estados Unidos devem intensificar o envio de auxílio. O embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee, declarou à agência Bloomberg, na quarta-feira (6), que Washington trabalha para abrir pelo menos 12 novos pontos de distribuição mantidos pela Fundação Humanitária de Gaza.
Segunda etapa – Concluída a retirada de civis, quatro a cinco divisões israelenses passariam a atuar em áreas que ainda registram baixa presença militar, especialmente nos campos do centro do enclave. Conforme o Canal 12, as ações seriam financiadas por cerca de US$ 1 bilhão em doações externas, incluindo recursos dos EUA.
Preocupações e posicionamento internacional
Fontes de segurança ouvidas pela emissora pública KAN admitem reticência dentro das FDI em avançar sobre locais onde os reféns possam estar, temendo execuções em resposta à ofensiva. Em agosto de 2024, seis sequestrados foram mortos em circunstâncias semelhantes.

Imagem: RONEN ZVULUN via gazetadopovo.com.br
Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no início da semana que uma ocupação total de Gaza dependerá de decisão israelense, sem manifestar objeção explícita.
O gabinete de segurança israelense deve votar o plano ainda nesta quinta-feira. Caso aprovado, a primeira fase pode começar imediatamente.
Com informações de Gazeta do Povo