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Pesquisas indicam desgaste de Trump em tarifas e descrença em cortes de impostos nos EUA

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Levantamentos divulgados até 4 de agosto de 2025 mostram queda de apoio popular às tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump e persistente ceticismo quanto a promessas de redução de impostos.

Tarifas sob pressão

Na pesquisa Morning Consult, realizada após o anúncio de novas tarifas na semana passada, apenas 23% dos eleitores disseram ter ouvido falar muito sobre o prazo estabelecido pelo governo.

Em série histórica da Gallup, 81% dos entrevistados veem o comércio internacional como oportunidade de crescimento, contra 14% que o consideram ameaça à economia. Apesar dessa visão geral, o foco recai sobre possíveis efeitos no bolso: no Economist/YouGov, 71% — incluindo 55% dos republicanos — acreditam que as tarifas de Trump aumentarão os preços.

Outro levantamento da CBS/YouGov revela que 71% acham que o presidente não dá atenção suficiente à redução de preços, enquanto 61% avaliam que ele se concentra demais em tarifar produtos estrangeiros. Já no Fox News Poll, apenas 36% aprovam o trabalho de Trump nessa área.

Cortes de impostos não seduzem

Historicamente, promessas de cortar tributos enfrentam descrença. Entre junho de 1985 e setembro de 1986, cinco pesquisas Gallup mostraram mais americanos esperando aumento do que redução de impostos com a reforma proposta por Ronald Reagan.

Em agosto de 1998, 70% dos entrevistados pelo NBC News/Wall Street Journal duvidavam da promessa “Sem novos impostos” feita por George H. W. Bush; apenas 20% acreditavam que ele a manteria. Situação semelhante ocorreu com Barack Obama: em agosto de 2009, 69% dos ouvidos pela Fox News não acreditavam que 95% dos americanos ficariam livres de aumento de tributos, como o então presidente assegurara.

Desde 1977, a maioria dos consultados pela Gallup afirma prever impostos mais altos no ano seguinte. Nas 35 medições feitas pelo NBC News/Wall Street Journal de 1993 a 2018 sobre qual partido lida melhor com impostos, os republicanos lideraram 13 vezes entre 1993 e 2004; os democratas ficaram à frente entre 2005 e 2008; os republicanos retomaram vantagem reduzida até 2018. Pesquisa da CNBC em 2022 manteve o partido com pequena dianteira, concentrada em “conter” — não em cortar — tributos.

Gorjetas permanecem estáveis

A proposta de reduzir impostos sobre gorjetas, incluída no pacote legislativo de Trump, conta com apoio, mas não muda o hábito de pagamento. O instituto Ipsos aponta que 58% dos norte-americanos sempre ou quase sempre deixam gorjeta, ante 55% dois anos antes. Quarenta e dois por cento decidem o valor conforme a qualidade do serviço; 20% acreditam dar mais do que deveriam, 72% o valor adequado e 7% menos do que o ideal.

Já pesquisa da Bankrate mostra que 38% se sentem incomodados com telas de pagamento que apresentam valores de gorjeta predefinidos em cafeterias, food trucks e estabelecimentos similares.

Cenário político

Embora pesquisas recentes apontem o Partido Republicano como agente de mudança, dados fracos sobre Produto Interno Bruto, inflação e mercado de trabalho divulgados na última semana sugerem obstáculos adicionais para o presidente.

Com informações de Forbes

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