O interesse pela psiquiatria entre recém-graduados em medicina segue em alta, mesmo diante do crescimento de ferramentas de saúde mental baseadas em inteligência artificial. De acordo com análise publicada em 4 de agosto de 2025 na revista Forbes, 1.975 concluintes de escolas médicas alopáticas e osteopáticas dos Estados Unidos ingressaram em programas de residência em psiquiatria neste ciclo do National Resident Matching Program.
O total supera os 1.823 selecionados no ano passado e marca o 14º aumento consecutivo no número de vagas ocupadas na especialidade, segundo dados destacados originalmente pelo Psychiatric News em 29 de maio.
Por que a procura cresce
Educadores ouvidos pela publicação especializada atribuem a tendência a três fatores principais:
- Maior reconhecimento social da importância da saúde mental;
- Compromisso de jovens médicos em atuar sobre determinantes sociais que afetam o bem-estar psicológico;
- Percepção de melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal na área.
IA não afasta novos psiquiatras
A análise da Forbes ressalta que, paralelamente ao aumento de residentes, multiplicam-se aplicativos de aconselhamento psicológico baseados em modelos de linguagem generativa, acessíveis, muitas vezes gratuitos e vistos como empáticos e livres de julgamento. Mesmo assim, os formandos seguem confiantes na importância do contato humano na terapia.

Imagem: forbes.com
O autor do artigo, o cientista de IA Dr. Lance B. Eliot, observa que esses profissionais consideram a tecnologia parte integrante do futuro da prática psiquiátrica e veem oportunidade de contribuir para o desenvolvimento responsável de ferramentas digitais, além de atender à crescente demanda por cuidados de saúde mental.
Com informações de Forbes