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Supervisor da Wētā conta como criou os mundos de “Superman”, sucesso de bilheteria em 2025

Los Angeles, 01 de agosto de 2025 – Responsável pelos efeitos visuais do longa “Superman”, o neozelandês Guy Williams, supervisor sênior da Wētā FX, detalhou o processo de criação dos cenários digitais do filme em entrevista publicada nesta sexta-feira (1) pela Forbes. Dirigido e roteirizado por James Gunn – também copresidente da DC Studios –, o longa é o título de super-herói com melhor desempenho comercial do ano.

Experiência e números

Na Wētā desde a trilogia “O Senhor dos Anéis”, Williams esteve em “Avatar” (2009) e acumula quatro indicações ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais: “Os Vingadores” (2012), “Homem de Ferro 3” (2013), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (2017) e “Guardiões da Galáxia Vol. 3” (2023). Com o trabalho em “Superman”, o supervisor pode alcançar sua quinta nomeação em 13 anos.

Duas sequências centrais

Segundo Williams, o impacto visual do novo Universo DC parte de dois momentos principais:

  • Batalha contra um kaiju em Metrópolis
  • A prisão em um universo de bolso primordial

As cenas representam propostas opostas de luz e escuridão que, afirma o supervisor, reforçam temas como verdade, gentileza e consequência presentes no roteiro.

Metrópolis filmada em Cleveland

A equipe levou a unidade de filmagem para Cleveland (EUA), onde ruas e praças serviram de base para Metrópolis. “O visual da cidade foi ditado pela luz natural do dia. Em pós-produção, tornamos todas as tomadas ensolaradas para manter o clima vibrante”, explicou o supervisor. Como Cleveland possui poucos arranha-céus, prédios e um rio digitalmente estendidos ajudaram a dar aparência de metrópole inspirada em Chicago e Nova York.

Universo de bolso escuro e opressivo

Já a sequência da prisão foi rodada em estúdio, em Atlanta, sob iluminação propositalmente baixa. O designer de produção Beth Mickle, em parceria com Gunn, concebeu um ambiente inicialmente vívido em tons de lavanda, verde e dourado. Durante a pós-produção, a paleta foi reduzida a roxos profundos com acentos dourados para acentuar a sensação de opressão.

Williams revelou que a inspiração inicial veio do cristal metálico bismuto, cujas formas cúbicas e iridescentes serviram como base para a modelagem do cenário. Mesmo assim, a equipe “puxou para algo mais sombrio” a pedido do diretor.

Parceria com Henry Braham e Stéphane Ceretti

O diretor de fotografia Henry Braham definiu o estilo visual global, enquanto Stéphane Ceretti, supervisor de VFX da DC Studios, coordenou o trabalho entre o estúdio e a Wētā. “James participa de cada detalhe, mas sabe onde delegar”, disse Williams, descrevendo um processo de iteração constante para equilibrar atmosfera e legibilidade das cenas.

Histórico com James Gunn

“Superman” marca o sexto projeto de Williams com Gunn – a parceria inclui “O Esquadrão Suicida”, duas temporadas de “Peacemaker” e dois filmes da franquia “Guardiões da Galáxia”. O supervisor elogiou o cineasta por “ver o filme inteiro na cabeça” e fornecer roteiros e storyboards completos logo no início da produção.

Para Williams, a liberdade concedida ao diretor pelo estúdio é um diferencial: “Neste filme, ele pôde fazer exatamente o que queria, e isso aparece na tela”. O artista destacou ainda que milhares de profissionais participam do processo, “motivados não apenas pelo salário, mas pela vontade de entregar bom cinema”.

“Superman” segue em cartaz mundialmente e lidera a bilheteria de 2025 entre as produções de super-heróis.

Com informações de Forbes

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