São Paulo – O aumento de 50% nas tarifas aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros provoca “grande perda de competitividade” para o país, afirmou o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. A avaliação foi feita no episódio de estreia do programa Raiz do Negócio, parceria entre InfoMoney e The AgriBiz.
Segundo Tomazoni, embora o Brasil já procure novos destinos para suas exportações, os efeitos negativos no curto prazo são inevitáveis. “O impacto é inegável”, disse o executivo.
Decreto atinge carne, café e ovos; Embraer entre as exceções
O presidente norte-americano Donald Trump assinou, na quarta-feira (30), o decreto que eleva em 50% a tarifa sobre todas as importações brasileiras, exceto 694 itens. A lista de exceções inclui 565 artigos de aviação civil, livrando a Embraer das sobretaxas. Derivados de petróleo, minérios, produtos de energia e suco de laranja também ficaram de fora.
Produtos como carne, café e ovos não escaparam e, de acordo com o CEO da gestora AZ Quest, Walter Maciel, tendem a ser redirecionados para mercados asiáticos a preços mais baixos. Ele alerta que a perda financeira é certa, mas considera o isolamento comercial o maior prejuízo estratégico para o país.
Amazon acelera aportes e injeta R$ 13,6 bilhões em 2024
Paralelamente ao cenário de tarifas, a Amazon informou ter investido R$ 13,6 bilhões no Brasil somente em 2024 — montante equivalente a 23% de tudo o que a companhia alocou no país desde sua chegada, há 13 anos. Os recursos foram direcionados a infraestrutura e tecnologia, contratação de pessoal, logística da loja digital, nuvem AWS e streaming Prime Video.
Conforme a empresa, o ritmo mais acelerado de aportes reflete a estratégia global que vê o mercado brasileiro como o de maior potencial para conquistar novos clientes.
Imagem: infomoney.com.br
Viral de show levanta debate sobre compliance e relacionamentos corporativos
Um vídeo gravado durante um show do Coldplay, em que a câmera “kiss cam” flagrou o CEO de uma companhia em clima romântico com sua diretora de RH, viralizou mundialmente e reacendeu discussões sobre limites entre vida pessoal e regras internas. O episódio gerou uma enxurrada de opiniões nas redes sociais e coloca em pauta a relação entre compliance e envolvimentos afetivos entre colaboradores de alto escalão.
Especialistas consultados lembram que normas internas costumam tratar de potenciais conflitos de interesse, mas casos como esse mostram que o organograma nem sempre segue o compasso dos relacionamentos.
Com informações de InfoMoney
