Apenas seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) compareceram à reunião articulada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de quinta-feira, 31 de julho de 2025, no Palácio da Alvorada, em Brasília. O encontro tinha como objetivo manifestar solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes após a aplicação de sanções contra ele pelos Estados Unidos, anunciadas no dia anterior com base na Lei Magnitsky.
Participaram da reunião os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e o próprio Alexandre de Moraes. Ficaram ausentes André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.
Lula buscava repetir o gesto de união feito em 9 de janeiro de 2023, quando reuniu autoridades dos Três Poderes um dia após os atos de depredação na Praça dos Três Poderes. Desta vez, porém, quase metade da Corte não compareceu.
Notas oficiais
Na quarta-feira, 30 de julho, Lula divulgou nota na qual classificou a medida norte-americana como “inaceitável interferência” e acusou “políticos brasileiros” de atuarem a favor das sanções. No mesmo dia, o STF também divulgou comunicado afirmando que o tribunal “não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país”.
Sanções dos EUA
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), ligado ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, incluiu Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky. Segundo o governo norte-americano, o ministro é responsável por “censura, detenções arbitrárias e processos politizados”.

Imagem: Joédson Alvez via gazetadopovo.com.br
Com a inclusão, todos os bens e ativos do magistrado em território norte-americano foram bloqueados. Ele também está proibido de realizar transações financeiras com bancos dos EUA, usar cartões de crédito de bandeiras sediadas naquele país e acessar serviços digitais de empresas como Google, Meta, Amazon e Apple. Cidadãos e companhias norte-americanas ficam impedidos de manter qualquer relação comercial ou financeira com Moraes, sob risco de sanções equivalentes.
Com informações de Gazeta do Povo