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Forest Whitaker leva internet via satélite a rede de centros de paz na África, Europa e América Latina

Los Angeles, 31 de julho de 2025 – Conhecido pelo Oscar em “O Último Rei da Escócia” e pelo prêmio de Melhor Ator em Cannes por “Bird”, o ator Forest Whitaker dedica há uma década outra faceta de sua carreira à criação de centros comunitários de paz. Agora, essas unidades receberam acesso a banda larga graças a uma parceria com a operadora de satélite Intelsat/SES.

Os Community Learning Centers da Whitaker Peace & Development Initiative (WPDI) estão distribuídos por países como Sudão do Sul, Uganda, África do Sul, França e México. Segundo Whitaker, muitos deles funcionavam com conectividade limitada. “Com a nova infraestrutura, desbloqueamos outra dimensão de possibilidades”, afirmou o enviado especial da UNESCO para a Paz.

Conexão a 35 mil quilômetros de altitude

A Intelsat está fornecendo links de alta velocidade a partir de satélites geoestacionários posicionados a aproximadamente 35.000 km da Terra. Para o diretor-executivo da companhia, Dave Wajsgras, a iniciativa combina tecnologia de ponta e filantropia para “ajudar a remodelar o futuro” de comunidades afetadas por conflitos.

Com a banda larga, os alunos podem acessar cursos on-line, participar de mentorias virtuais e trocar experiências em tempo real com outros polos do WPDI. Whitaker lembra que, antes da parceria, jovens “mediavam conflitos, abriam negócios e lideravam diálogos comunitários” mesmo com internet instável. “Agora eles também entram em mercados digitais e participam de conversas globais”, disse.

Origem em visita a orfanato

A ideia dos centros surgiu em 2006, quando o ator filmava “O Último Rei da Escócia” em Uganda. Ao visitar um orfanato que abrigava ex-crianças-soldado, Whitaker percebeu que os jovens “não queriam piedade, mas propósito”. A partir daí, estruturou o WPDI para oferecer formação em resolução de conflitos, direitos humanos, competências digitais e empreendedorismo.

Modelo replicado da África a Paris

Whitaker destaca que a confiança da comunidade é o primeiro passo para cada nova unidade. “Contratamos pessoas locais e co-criamos os programas”, explicou. A metodologia, aplicada em campos de refugiados ou bairros marginalizados, também orienta o centro inaugurado em Seine-Saint-Denis, na região metropolitana de Paris.

Em locais sem rede elétrica confiável, a organização desenvolveu soluções como painéis solares e módulos de aprendizagem off-line. “Quando alguém num assentamento de refugiados aprende a programar, ela recupera sua própria agência e se torna arquiteta da paz”, afirmou o ator.

Além dos cursos, as unidades promovem encontros internacionais, como o debate virtual entre estudantes da Califórnia e jovens do Sudão do Sul. Para Whitaker, episódios assim mostram que “o desejo de ser ouvido é universal”.

Dez anos após o primeiro centro, o WPDI planeja ampliar a rede e conectar outras regiões afetadas pela violência. Para o fundador, “a paz não se impõe de fora; nasce dentro das comunidades” – agora, com ajuda de sinal de satélite.

Com informações de Forbes

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