A Eslovênia anunciou nesta quinta-feira, 31 de julho de 2025, a suspensão total de importação, exportação e trânsito de armamentos de e para Israel, em resposta à ofensiva israelense contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Em comunicado, o governo liderado pelo primeiro-ministro Robert Golob afirmou que “pessoas estão morrendo porque a ajuda humanitária lhes é sistematicamente negada” e declarou que a medida foi adotada de maneira independente da União Europeia. Segundo Ljubljana, divergências internas impedem o bloco de adotar ações concretas, motivo pelo qual o país decidiu agir sozinho.
Com o anúncio, a Eslovênia torna-se o primeiro Estado europeu a estabelecer um embargo de armas a Israel desde o início da atual guerra. A decisão engloba qualquer operação de compra, venda ou trânsito de material bélico envolvendo território esloveno.
Em reação, uma fonte do governo israelense disse ao site Ynet que o impacto prático é nulo. “Não fazemos compras de defesa na Eslovênia. Não compramos nem um alfinete deles. Eles decidiram pelo embargo apenas para atrair atenção da mídia, mas é completamente sem sentido”, afirmou o interlocutor, que não foi identificado.
A medida aprofunda o desgaste entre os dois países. Em 2024, a Eslovênia reconheceu oficialmente o Estado palestino; já em julho de 2025 declarou persona non grata os ministros israelenses Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional) e Bezalel Smotrich (Finanças), proibindo a entrada de ambos no país.
Imagem: LUCA ZENNARO via gazetadopovo.com.br
Não há, até o momento, relato de outros países europeus acompanhando o embargo anunciado por Ljubljana.
Com informações de Gazeta do Povo
