Seis governadores encaminharam carta ao vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), pedindo que o governo federal não reduzisse a tarifa de importação aplicada a kits de montagem de veículos elétricos e híbridos vindos da China, especialmente destinados à montadora BYD.
O documento foi assinado por Cláudio Castro (PL-RJ), Eduardo Leite (PSD-RS), Jorginho Mello (PL-SC), Ratinho Junior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Eles solicitaram o adiamento da reunião do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), alegando que a isenção prejudicaria a indústria automotiva nacional.
Mesmo com a pressão, o Camex manteve a sessão e adotou uma solução intermediária. O colegiado antecipou de julho de 2028 para janeiro de 2027 a aplicação integral da alíquota de 45% de imposto de importação sobre os kits. Paralelamente, concedeu à BYD uma cota de US$ 463 milhões para importar, sem tarifa, componentes destinados à montagem de veículos durante seis meses, período em que a fábrica da montadora na Bahia consolida suas operações.
Antes da decisão, o vice-presidente da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, classificou a mobilização das montadoras instaladas no país e dos governadores como “chantagem”. Em carta, a empresa chinesa afirmou que o consumidor brasileiro tem sido “obrigado a pagar caro por tecnologia velha e design preguiçoso”.
A BYD iniciou recentemente a etapa final de montagem de automóveis elétricos em sua planta no estado da Bahia.

Imagem: Divulgação via gazetadopovo.com.br
A Gazeta do Povo abriu enquete para que os leitores opinem se os governadores agiram corretamente ao contestar a isenção do imposto de importação destinada aos kits da BYD.
Com informações de Gazeta do Povo