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Jeffrey Chiquini afirma que Lei Magnitsky não resolverá crise política brasileira

O advogado Jeffrey Chiquini, defensor do ex-assessor presidencial Filipe Martins, declarou nesta quinta-feira, 31 de julho de 2025, que a aplicação da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras “não é a solução do Brasil”. A afirmação foi feita durante o programa Café com a Gazeta do Povo.

Segundo Chiquini, a eventual sanção internacional contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não seria suficiente para abalar o atual sistema político-institucional. Para ele, há um “pacto de sobrevivência” entre as instituições que faz com que “o país piore muito antes de melhorar”.

União entre ministros

O advogado apontou que a nota divulgada recentemente pelo STF em defesa de Moraes comprova essa união. “Eles têm um ao outro na mão”, disse, acrescentando que apenas “quando todos os ministros estiverem sancionados” poderá haver uma entrega de “uma cabeça ou outra” para preservar o restante do tribunal.

Chiquini citou o exemplo da Venezuela, onde, desde 2017, oito magistrados da Suprema Corte estão sob sanções internacionais sem que isso tenha provocado mudanças internas. Para ele, se o Senado brasileiro não avançar com um processo de impeachment contra Moraes, “virão sanções e mais sanções”, enquanto “o povo continuará sangrando”.

Deputado vê falta de clima para anistia

No mesmo programa, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) defendeu o impeachment imediato de Moraes, a quem chamou de “sociopata” e “pessoa sem freios”. O parlamentar disse ser necessário “desgastar o ministro” para viabilizar a abertura do processo no Senado.

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Imagem: Fellipe Sampaio via gazetadopovo.com.br

Quanto à anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, Jordy avaliou que ainda “não há clima” para aprovação no Congresso. Ele argumentou que qualquer votação nesse sentido seria interpretada pelo STF como “afronta”, resultando em pressões sobre os deputados. Mesmo assim, afirmou que continuará a trabalhar pela medida, pois considera os detidos “as maiores vítimas de violações de direitos humanos, sobretudo por parte de Alexandre de Moraes”.

Para Jordy, Moraes atuou como “pitbull” do Supremo, executando ações que outros ministros “não tinham coragem” de tomar. O deputado acredita que, caso o impeachment seja instaurado, os demais magistrados também terão de responder por terem endossado as decisões do colega.

Com informações de Gazeta do Povo

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