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Trump volta a citar Epstein e mantém tema em evidência

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a discutir publicamente sua relação com o financista Jeffrey Epstein, prolongando um assunto que, segundo auxiliares, ele próprio gostaria de encerrar. O episódio mais recente ocorreu em 28 de julho de 2025, no resort Trump Turnberry, na Escócia, durante uma coletiva com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, originalmente marcada para tratar de tarifas comerciais.

Questionado sobre a amizade de longa data com Epstein, Trump classificou o tema como “história antiga”. Na sequência, porém, detalhou que expulsou o financista de Mar-a-Lago após acusá-lo de contratar funcionárias do clube, incluindo jovens que trabalhavam no spa. “Ele fez algo impróprio. Rou­bou pessoas que trabalhavam para mim. Disse para não repetir e, quando aconteceu de novo, tornei-o persona non grata”, relatou.

Dois dias depois, a bordo do Air Force One, o presidente reforçou a narrativa a repórteres. Quando a correspondente da CNN Kaitlan Collins perguntou se a suposta tentativa de Epstein “roubar jovens” levantara suspeitas na época, Trump pediu que ela ficasse em silêncio.

Aliados veem crise autoinfligida

O assunto domina o noticiário há mais de um mês. Em 30 de julho, no programa “The Source”, da CNN, Collins informou que assessores da Casa Branca estão surpresos com a dificuldade de conter a pauta. A analista política Maggie Haberman classificou a situação como “ferida autoinfligida”, destacando que o próprio presidente reacende o tema ao incluir novas informações em respostas sobre assuntos diversos — como ocorreu recentemente, quando ele desviou de uma pergunta sobre Rússia para falar novamente de Epstein.

Pressão por documentos

No dia 18 de julho, ativistas projetaram na fachada da Câmara de Comércio dos EUA, em Washington, a frase “Divulgue todos os arquivos de Epstein”. Horas depois, a procuradora-geral Pam Bondi anunciou que o Departamento de Justiça pediria à Justiça a liberação de depoimentos de grande júri relacionados ao caso, numa tentativa de reduzir o desgaste político.

Apesar dos esforços de sua equipe, Trump segue retomando o assunto. Nas últimas semanas, chegou a criticar apoiadores que cobravam esclarecimentos, chamando-os de “fracos” por “acreditarem na besteira” dos arquivos de Epstein — declaração que levou o ex-aliado Lev Parnas a afirmar que o presidente estaria “se desestabilizando”.

Analistas apontam que, enquanto continuar respondendo sobre Epstein, Trump manterá o tema nas manchetes, contrariando a estratégia de encerrar o debate e voltar a pautas consideradas mais favoráveis pelo Palácio do Planalto norte-americano.

Com informações de Forbes

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