Uma ordem judicial preliminar assinada nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, pela juíza federal Indira Talwani impediu, por enquanto, que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exclua a Planned Parenthood do recebimento de recursos do Medicaid, programa público de saúde destinado a pessoas de baixa renda.
Com a decisão, pacientes continuam autorizados a utilizar o seguro federal nas unidades da organização, e as clínicas mantêm o direito de ser reembolsadas pelos serviços prestados.
Na sentença, Talwani – indicada ao cargo pelo ex-presidente Barack Obama – argumentou que limitar o atendimento da Planned Parenthood poderia aumentar o número de gestações não planejadas e de complicações associadas, além de dificultar o diagnóstico e o tratamento de infecções sexualmente transmissíveis.
A ação foi protocolada pela própria Planned Parenthood no início de julho, depois que Trump sancionou uma lei vetando o uso do Medicaid em todas as suas unidades no país.
“Continuaremos lutando contra essa lei cruel para que todos tenham acesso a contraceptivos, exames de detecção de câncer, testes e tratamento de ISTs e outros serviços essenciais, independentemente do seguro de saúde”, declarou em nota a presidente da organização, Alexis McGill Johnson.

Imagem: SHAWN THEW via gazetadopovo.com.br
Em comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Harrison Fields, classificou a decisão como “absurda, ilógica e incorreta”. O governo informou que já recorre de outra determinação anterior da mesma magistrada no processo. “Ordens como essa demonstram a audácia dos tribunais inferiores e o caos dentro do Judiciário. Estamos confiantes na vitória final”, afirmou Fields.
Com informações de Gazeta do Povo