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Irmão de Jeffrey Epstein contesta versão oficial de suicídio e aponta dúvidas sobre investigação

Mark Epstein, irmão do financista Jeffrey Epstein, afirmou em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera que não acredita que o empresário tenha tirado a própria vida. A conversa com o diário foi publicada neste sábado, 26 de julho de 2025.

Jeffrey Epstein foi encontrado morto em agosto de 2019, numa cela de uma prisão de Nova York, uma semana depois de ter sido detido sob a acusação de abuso sexual de menores. Na época, autoridades classificaram o caso como suicídio.

Dúvidas levantadas na autópsia

Segundo Mark Epstein, os legistas Kristin Roman e Michael Baden, que participavam da autópsia a seu pedido, informaram que não puderam confirmar o suicídio, pois os indícios se assemelhavam a um homicídio. “Minha vida teria sido mais fácil se dissessem que foi suicídio, mas eles não puderam”, relatou.

Ele também questionou a chefe do serviço médico legal da cidade, Barbara Sampson, responsável por anunciar oficialmente a causa da morte como suicídio. Mark alega que Sampson não examinou o corpo e não apresentou detalhes dos testes realizados.

Críticas a autoridades federais

Mark citou o então procurador-geral dos Estados Unidos, Bill Barr, que declarou ter analisado imagens de segurança e descartado a presença de terceiros na área onde Jeffrey Epstein estava preso. O irmão do financista considera que a declaração ignorou a presença de outros 12 detentos no mesmo nível da penitenciária.

Menções a Ghislaine Maxwell e Donald Trump

Questionado sobre a ex-associada de Jeffrey, Ghislaine Maxwell, Mark afirmou não saber o que ela poderia revelar, mas lembrou que o irmão dizia possuir informações que poderiam prejudicar o ex-presidente Donald Trump. Maxwell deve depor na Câmara dos Representantes nos próximos dias, e o presidente da Casa, Mike Johnson, já declarou que ela “tem muitos motivos para mentir”, observou.

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Imagem: tráfico sexual via gazetadopovo.com.br

Reconhecimento de crimes sexuais

Ao ser perguntado se acreditava na culpa do irmão por tráfico sexual de menores, Mark respondeu que não exerce o papel de defensor nem de acusador, mas afirmou que Jeffrey lhe confessou ter mantido relações com menores de idade.

Resultados de investigação federal

A entrevista ocorre logo após a conclusão de inquérito conduzido pelo FBI e pelo Departamento de Justiça. O relatório apontou que Jeffrey Epstein não possuía uma lista de clientes famosos para extorsão e confirmou a tese de suicídio. A decisão causou descontentamento em apoiadores do ex-presidente Trump, que havia prometido divulgar tal lista durante a campanha.

Com a investigação federal encerrada e as declarações de Mark Epstein ganhando novo destaque, o debate sobre as circunstâncias da morte do financista permanece aberto.

Com informações de Gazeta do Povo

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