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Cooperativas de crédito reforçam desenvolvimento local, indica debate do Sebrae

Brasília (DF) – As cooperativas de crédito foram apontadas como agentes decisivos para impulsionar a economia dos municípios durante o último dia do Transformar Juntos 2025, encontro promovido pelo Sebrae nesta sexta-feira (25). O painel “Cooperativas de Crédito e Prefeituras: gerando e mantendo riqueza nos municípios” reuniu representantes do setor financeiro, do governo federal e do Banco Central.

Alessandro Chaves, gerente de Relações Institucionais do Sicoob Central Crediminas, apresentou dados que reforçam a conexão das cooperativas com os pequenos negócios: 15% dos cooperados são empresas, e mais de 90% desses associados pertencem ao segmento de micro e pequenas empresas. Segundo ele, 3,2 mil municípios brasileiros contam com ao menos uma cooperativa de crédito, e em alguns deles a participação de pessoas jurídicas chega a 30% da base de associados.

O chefe-adjunto do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central, Ronaldo Vieira da Silva, destacou que as cooperativas representam o único ponto de acesso ao sistema financeiro em 469 municípios. Ele acrescentou que 86% dessas instituições desenvolvem ações de educação financeira com seus cooperados.

A coordenadora-geral dos Sistemas de Contratos e Patrimônio do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), Anne Camila Knoll, detalhou o funcionamento do AntecipaGov. O programa permite que fornecedores com contratos públicos antecipem até 70% dos valores a receber, com juros reduzidos, e está em fase de expansão para estados e prefeituras.

O debate foi mediado por Débora de Souza, analista do Sebrae em Minas Gerais, responsável pela área de promoção de serviços financeiros.

Reflexões sobre futuro e tecnologia

O encerramento do evento contou ainda com uma conversa entre a pós-doutora em filosofia africana Aza Njer e o pesquisador de cultura analítica Ricardo Cappra. A filósofa chamou atenção para a necessidade de políticas públicas que combatam a “desumanização radical”, manifesta em problemas como falta de acesso à saúde e à alimentação. Já Cappra discutiu os impactos da inteligência artificial nas relações sociais e alertou para a chamada “síndrome de Frankenstein”, medo que surge diante de inovações tecnológicas.

Com a integração de diferentes perspectivas, o Transformar Juntos 2025 encerrou-se reforçando a importância das cooperativas de crédito para a prosperidade local e convidando gestores públicos a combinarem saberes ancestrais com tecnologias emergentes.

Com informações de Agência Sebrae de Notícias

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