Bucareste – A Força Aérea da Romênia mobilizou dois caças F-16 na noite deste sábado (13) depois que um drone militar russo cruzou a fronteira do país, integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), durante ataques realizados contra a Ucrânia.
De acordo com o Ministério da Defesa, o equipamento não chegou a sobrevoar áreas habitadas. A aeronave não tripulada entrou pelo Delta do Danúbio, perdeu-se dos radares logo em seguida e deixou o espaço aéreo romeno sem causar danos, informou a pasta.
O ministro da Defesa, Ionut Mosteanu, disse à emissora Antena 3 que os pilotos avaliaram a possibilidade de abater o drone. “Todos os indícios apontam que a aeronave retornou para território ucraniano”, declarou.
Alertas à população e reação diplomática
Por precaução, as autoridades orientaram moradores do condado de Tulcea, próximo à fronteira, a buscarem abrigo sempre que operações militares ocorrerem do lado ucraniano.
A chanceler Toiu Oana classificou o episódio como “inaceitável e imprudente”. Em comunicado, ela anunciou que o governo levará o caso à Assembleia Geral da ONU e defenderá a aprovação imediata do 19.º pacote de sanções da União Europeia contra Moscou.
Incidentes semelhantes na Polônia
O sobrevoo acontece poucos dias após a Polônia ter abatido drones russos em seu território. Temendo novos ataques, Varsóvia determinou neste sábado o fechamento temporário do aeroporto de Lublin. O Comando Operacional das Forças Armadas polonesas afirmou que as medidas são “estritamente preventivas” para proteger o espaço aéreo.

Imagem: ROBERT GHENT
Acusações de Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Moscou de “expandir deliberadamente” a guerra para territórios da Otan. Segundo ele, os militares russos sabem exatamente o destino e o tempo de voo de cada drone. O líder ucraniano defendeu o endurecimento de sanções econômicas contra o governo de Vladimir Putin.
Não houve relatos de feridos ou danos materiais na Romênia decorrentes do incidente.
Com informações de Gazeta do Povo